Vinis remasterizados dos Beatles estão à venda
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Música
Primeiros vinis remasterizados dos Beatles já estão à venda nos Estados Unidos
http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=53968
7 set. / 2011 - A rede de lojas norte-americana Target começou a venda, com exclusividade, de compactos remasterizados em vinil dos Beatles. As informações são do site Examiner.
Os discos começaram a aparecer nas lojas dos Estados Unidos no último domingo, 4, e tratam-se dos singles em sete polegadas Help!, Let It Be, Hello, Goodbye e Can’t buy me love – todos em versão remasterizada, até então só existente em CD e arquivo digital. De acordo com o site, a estética dos vinis recém-lançados respeita o formato original.
Os quatro discos estão à venda em um box pelo valor de US$ 19,95 (cerca de R$ 34), e são acompanhados por uma camiseta. Ainda não não foi informado se ou quando estes itens estarão disponíveis para compra em lojas fora dos EUA.
Fonte: Rolling Stone
Apple vai relançar álbuns dos Beatles em vinil
Abbey Road, uma ruas mais famosas do mundo
7 nov. / 2009 - A gravadora Apple já está em fase de produção de todos os vinis remasterizados dos Beatles. Segundo um executivo da empresa em entrevista a Mojo Magazine, não há data prevista para o lançamento.
"Nós estamos trabalhando nesses discos agora”, disse Jeff Jones. “Eu não tenho ideia de quando será lançado. Se eu estipular uma data nos coloco em uma situação de lançar algo que não está realmente pronto.
O executivo negou também que, ao contrário do que alguns sites anunciaram esses discos não serão lançados em janeiro.
Jones ainda comentou que esses discos poderão ser lançados em um box especial, assim como com os CDs. "É uma coisa incrivelmente complicada ter que pegar as gravações originais e lever para outro lugar, mexer. Além disso, é um custo muito alto”, comentou.
"Nós queremos ter a certeza de que estaremos fazendo a coisa bem feita e que as pessoas entendam e tenham o real valor disso”, finalizou o executivo.
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Discos dos Beatles chegam às lojas remasterizados
IVAN FINOTTI
3 set. / 2009 - Se existe um equivalente cultural ao xiita, trata-se do beatlemaníaco. O beatlemaníaco é conservador, é radical e é bravo. Francisco Simões, 39, é um beatlemaníaco. Por exemplo: tem em casa 83 discos de vinil dos Beatles (CDs ele não conta), a maioria repetido. Outro exemplo: teve um cachorro que se chamava Give Peace a Chance (música de John Lennon).
Mais um: ele chorou em 1º de junho de 1987 porque naquele dia o LP "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" completou 20 anos e, na primeira frase da primeira música do disco, Paul McCartney canta assim: "Foi há 20 anos hoje". E, finalmente, Simões espumou de raiva quando George Martin remixou os álbuns "Help!" e "Rubber Soul" para lançamento em CD em 1987. "Tem uma música chamada Tell Me What You See que mudou demais. No original, havia um reco-reco. Após essa remixagem, o som ficou tão claro que parecia um pente de plástico. Ele se destacou da massa sonora original e ficou horrível." Eis aí o que não deixa os beatlemaníacos dormirem sossegados. Toda vez que executivos e donos das músicas do Beatles resolvem mexer, modernizar, melhorar, comprimir, descomprimir, digitalizar ou remasterizar o cancioneiro da banda, eles sentem um arrepio na espinha. Como agora. A EMI vai lançar mundialmente na quarta que vem (dia 9/9/09) os 14 CDs dos Beatles, remasterizados, em capinhas estilosas, com fotos inéditas e com minidocumentários de 4 minutos sobre a produção de cada disco para ser visto em computador --será lançado também na mesma data o jogo Beatles Rock Band. Ainda não há informação exata sobre vendas digitais. Os CDs avulsos estão sendo produzidos no Brasil (custarão R$ 35, em média). A EMI ainda colocará à venda duas caixas importadas com pôsteres, extras e um DVD com os minidocumentários, uma em estéreo (R$ 800) e outra com os CDs em mono (R$ 950). Por incrível que pareça no século 21, a mono é a preferida dos xiitas, já que é essa a versão da mixagem que os Beatles em pessoa acompanhavam, nos anos 60 --a versão em estéreo era feita apenas pelos engenheiros, mais tarde (a rigor, um beatlemaníaco audiófilo extremo só ouve Beatles de uma forma: em LP de vinil original dos anos 60, produzido na Inglaterra e na versão mono). Pois anteontem, a EMI promoveu em São Paulo uma sessão para a imprensa. Trechos de uma dúzia de músicas, antes e depois da remasterização, foram tocados. A Folha convidou Simões para a audição. Simões não se diz um audiófilo extremo, mas está acostumado a ouvir Beatles em sua vitrola de 3.000 dólares, com agulha feita a mão no Japão e com as caixas de som em ângulo de 60 graus obrigatoriamente posicionadas para seu nariz, formando um perfeito triângulo equilátero. Cânone "Essa questão do volume se chama "limiting". É mais ou menos o seguinte: as partes mais altas da música continuam iguais. As mais baixas são aumentadas e se aproximam do volume das mais altas. Isso faz com que a música fique melhor para ser ouvida em ambientes abertos, como num shopping ou na balada, ou no rádio ou no carro. Mas, num bom equipamento, ela perde a dinâmica; fica sempre igual", diz Simões. "A outra mudança foi acentuar um pouco os graves e os agudos. A questão aqui é outra; não é técnica. É de cânone." Cânone é uma palavra mágica. Trata-se da discografia original, mas não desses 14 CDs remasterizados. É mais que físico; é um conceito. O cânone dos Beatles passa pelos LPs de vinil mono produzidos nos anos 60. Se Lennon e McCartney fizeram o disco de um jeito, como um engenheiro pode vir acrescentar graves e agudos? Mexer no volume? Como podem querer "melhorar", entre aspas? Mesmo que as diferenças sejam raramente percebidas, os audiófilos suam frio com essas liberdades. Simões, no entanto, diz que dificilmente distinguiria uma versão da outra sem tocá-las em seguida. As peculiaridades e exigências sonoras dos beatlemaníacos, como se vê, são simples: voltar no tempo e congelar a vida nos anos 60.
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