O que pode ser feito num domingo de rock’n’roll

O que pode ser feito num domingo de rock’n’roll

por Mário Pacheco

 

5 de jun. / 2011 - À tarde no Conic, coisa de cinema: delírio: tavam filmando o filme do Renato Manfredini onde ele sai desapontado da loja, pois não encontrara o vinil dos Sex Pistols e eu penso: -  Renato Russo, o roqueiro punk que era o maior colecionador de discos da cidade com vários importados, leitor voraz de revistas inglesas de música, sairia pela cidade procurando um disco que somente era encontrado em importadoras?  No Conic, com certeza encontraria outros atrativos...  Lá! A realidade é mais fantástica que o mais criativo roteirista... 

 

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Taguatinga. Praça 5 de junho. Sob o sol das 4 da tarde, cordas de guitarra brilhavam... (Foto: Ana Luíza)

Despojamento: César nas 4 cordas, Mike no carron, Gleisson na fender e Vítor na Gibson. Dos Beatles aos blues nem sempre nessa ordem.
Sob o interminável despejar de carros da cidade, riffs lamacentos e acalantos ébrios cruzavam os ares da praça.

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Na paisagem noturna, Daibes Ottoni finaliza seu grafite. (Foto: Mana Gi)

Ar comprimido e tinta

À noite, no Guará 2. Na casa do Léo Saraiva, a velha turma fazia grafites e fotos. Só me lembro que a cerveja era gelada e sob influência narcótica estávamos assassinando Nada vai mudar (Mopho) “Além de mim, a velha vitrola. E aquele disco dos mutantes”. Eu fazia coreografia e Léo errava a letra. Hugo era o único que sabia...

Coisas  e cheiro de tinta no terraço rolaram até as 3 da manhã. Eu sai mais cedo, minha segunda-feira foi infernal.

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