Revista Psicodélica Você precisa saber
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Revista Psicodélica Você precisa saber
30 anos de reconstituição
por Mário Pacheco
Em 1982, há trinta anos atrás, o primeiro fanzine doprópriobol$o se chamava "Oldies but goldies" que era dedicado aos Beatles e o resgate do rock americano dos anos 50.
Este trabalho de cronologia e resgate da história do rock seguiu na forma de fanzines até 1989.
Sete anos depois, eu precisava de novos horizontes e definitivamente abandonei os fanzines, nesse ínterim mantive uma coluna musical no jornal semanal 'JOSÉ' enquanto terminava o curso de Estudos Sociais e concluía a biografia do ex-mutante Arnaldo Baptista batizada por mim de "BALADA DO LOUCO".
Após a biografia voltei a colaborar em jornais independentes de música e editei um novo livro 'AVENTURA SEM DUBLÊ' este era mais um beco, no meu segundo livro fotocopiado eu descobri que estava noutro beco sem saída e resolvi vender edições artesanais do meu trabalho.
Os livros tinham capa Xerox coloridas e eram costurados e acabados em gráfica mas sem os custos de impressão que nem pensar é melhor ficar quieto.
Ainda no território editorial os livros seguintes 'LAPSO' e 'DA ESTÉTICA DA FOME À VONTADE DE COMER GLAUBER PEDRO DE ANDRADE ROCHA ÚLTIMO ANTROPÓFAGO BRASILEIRO' não saíram por falta de interesse do único editor que poderia tê-los lançados. Eu pedia contrato e assim escapava de algumas armadilhas de gente que nem era do meio editorial.
No território musical, como muitos produtores resolvi montar um selo de fundo de quintal e no primeiro CD fomos gravar um tributo a ARNALDO BAPTISTA chamado 'ONDE É QUE ESTÁ O MEU ROCK"N"ROLL?' Mexer com editora foi a maior roubada e o selo foi desativado mas o CD foi lançado pela gravadora paulista Dábliu.
Talvez em 1999, poucos meses antes do lançamento do CD ONDE É QUE ESTÁ O MEU ROCK'N'ROLL? eu lancei a REVISTA PSICODÉLICA no reduzido número de 30 pares (eram dois voluems) novamente eu provoquei um mal estar porque novamente a edição era fotocopiada e caríssima pelas capas serem xeroxs coloridas. Eu estava muito satisfeito feliz porque era o meu fanzine mais bem acabado e eu nem acreditava que eu havia conseguido a melhor diagramação de um texto feito por mim mesmo.
Passaram-se anos e as revistas eram usadas como forma de estabelecer um contato, assim consegui entrevistar Rogério Duarte e fomos passando o trabalho às mãos de quem entenderia aquele trabalho de afinidade.
Por fim, em 2003 através de Lya Lilith, a vocalista da 'MÁKINA DU TEMPO', a revista psicodélica virou o site doprópriobol$o e ficou no ar até 2005, a entrada do site era a capa do SGT. Pepper's com links na cabeça dos personagens modificados para a ocasião.
Em 2007, consegui transformar a 'REVISTA PSICODÉLICA' num CD-ROM um experimento bizarro que na minha cabeça funcionava melhor quando você colocava o CD-ROM na leitora e se conectava a Internet usando os links do próprio CD-ROM.
Por fim, em 2008, sem a necessidade de possuir um CGC para registrar um site, doprópriobol$o voltou à Internet de modo capenga pois o site não dispunha de uma caixa de busca de textos que era imprescindível para o que eu pretendia.
Um ano mais tarde, Antonio Celso Barbieri cumpriu sua promessa e doou à causa doprópriobol$o um site extremamente tecnológico e inovador com recursos nunca antes sonhados.
Passados quatro anos da volta do site doprópriobol$o, eu resolvi registrar os 30 anos daquele fanzine que passei de mão em mão, reconstituindo de forma quase definitiva a 'REVISTA PSICODÉLICA' que é o trabalho que eu mais gosto e que sempre gostarei de retomá-lo.
Ainda faltam muitas etapas, mas até abril ela estará novamente online de forma completa.
Se não fosse a total independência, a 'REVISTA PSICODÉLICA' estaria novamente ameaçada quando mudamos rapidamente de provedor, no mês de dezembro, numa troca mais rápida dos que os pneus de um fórmula um.
Curta e ponha 'outro'. Syd Barrett vive, Hendrix vive, e nós vivemos nossas aventuras psicodélicas.