Uma imaginária coleção de discos de rock
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Outra mentira do Pazcheco
Uma imaginária coleção de discos de roque
Na década de 80, surgiu a expressão "vinil"; vinil foi um neologismo usado artificialmente para criar um status para o LP. Coisa de coinnoisseur que não ajudava muito a baixar os preços que eram caríssimos.
Em Brasília, não existiam sebos e tínhamos que percorrer a cidade e no contato direto convencer aos lojistas a pedirem os LP's que desejávamos. E sempre competíamos com as equipes de som que arrematavam tudo. Passávamos o ano todinho economizando para viajar a Goiânia e comprar um LP importado!
Os LP's internacionais eram lançados com um ano de atraso e devido às baixas prensagens era praticamente impossível encontrar um LP. Naquele tempo existia um número maior de roqueiros e alguns LP's eram coletivamente comprados para tocar nas festas.
Ando lendo em livros feitos por universitários com pesquisa fraca a respeito das grandes coleções de discos de Brasília.
Que sempre esquecem de citar a coleção do Osmar (engenheiro e marido da Dulcinéia) que morava no conjunto D da QE 32.
No terceiro pavimento da sua casa (umas primeiras do Guará com esta panorâmica) rolava umas festinhas e o andar era repleto de armários com milhares de LPs nacionais e importados. Sempre procurávamos referências na coleção dele para saber se tal disco havia saído no Brasil.
Osmar também possuia um grande números de LP's importados de reggae e sempre vinha dos sebos de São Paulo com as últimas novidades.
Osmar contava que mesmo nos piores tempos da grana curta, ele nunca havia parado de comprar LP's.
Um dia ficou puto com a ADM. do Guará que não dava o "habite-se" da sua casa (ele foi o pioneiro a avançar o muro com colunas enormes para cima da calçada) e foi embora pra São Paulo com a sua fabulosa coleção de discos de rock, de onde consegui umas duplicatas. E ajudei a aumentá-la indicando lotes para aquisição, uma vez que grana eu não tinha mesmo.
Para conseguirmos LP's mais baratos eramos sócios de vários clubes de discos das gravadoras.
Historiadores do rock de Brasília. Tudo aconteceu na QE 32 no Guará 2!