Uma nova 'Aventura sem dublê' em Alto Paraíso
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Uma nova 'Aventura sem dublê' em Alto Paraíso
texto Mário Pazcheco
Em 1995, Zanza Meneses flagrou-me intercalando as páginas do meu livro, “Aventura sem dublê” um relato nada nobre sobre uma maciça e cavalar dose de sexo, drogas e rock’n’roll. Dezessete anos depois, propus-lhe uma nova “aventura sem dublê” em Alto Paraíso...
Assustado como um gato, nervoso como uma bomba relógio e cego de ciúmes. 24 semanas de aplicação de injeções de interferon debaixo da pele custaram-me cabelos, kilos e a perda do humor; por conta cortei ‘interferências’. E, mantive meu direito de ser uma pessoa.
“Excesso de coragem é a temeridade, a impulsividade. A falta de coragem é a covardia.” Com esta máxima ‘aristótelica’, encarei o trecho “Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você."
Legendas 1 - Road to nowhere, um lema a ser seguido...
Legenda 2 - Altos em Alto Paraíso não dirijo como Neal Cassady mas não crio limo. Minha comunhão na estrada é som
Legenda 3 - sob o o por-do-sol a oeste de São Jorge
Legenda 4 - minha visão do Vale da Lua e suas rochas de dois milhões de anos...
XII Encontro de Culturas
Tradicionais da Chpada dos Veadeiros
De 20 a 28 de julho de 2012
Vila de São Jorge - Alto Paraíso - GO
“Estamos indo pra lá na sexta, curtir o Mestre Moraes e o Mestre Cobra Mansa, relevantes personagens da história da capoeira... Ancestralidade como a geologia do lugar. (Bruno de Alves Borges).
Para mim, encarar a estrada e ir a Alto Paraíso-GO, era brincar de flutuar acima das águas e realizar um sonho, agora, eu tinha as condições materiais perfeitas, reunia a coragem, mas o sustentáculo era o desejo por Zanza Meneses. Livre-se das amarras e horários e convenções. Jogue fora seu relógio antes de pegar a estrada.
Três dias no Hostel Catavento no Morro Azul em Alto Paraíso
Psicodelismo é uma “manifestação do espírito”, termo derivado da aglutinação do grego psique (alma) e de delvo (relevo) unido ao sufixo, ismo. O psicodelismo é o espansor enigmático e indecifrável da métrica e dos três acordes do pubescente rock’n’roll desligando-se dos casos de amor, bancos de trás de automóveis e velocidade. Tomado pelo alucinógeno o rock’n’roll foi possuído, - até aquele momento ele possuía - a música revive uma experiência ancestral preconizada por culturas antigas - o psicodelismo, a nova experiência da percepção na história musical moderna de nosso século não dispensa a ortodoxia ritualística e o fulgor das cores. Ao psicodelismo relaciona-se tudo que possa revelar o próprio eu, e a própria personalidade, muitas vezes mascaradas pelas convenções sociais. Sem as máscaras cabe a interpretação individual relacionar o termo psicodélico à realidade vivida e que muitas vezes não difere do inferno. O termo foi inicialmente aplicado no âmbito científico no campo da psiquiatria em 1937 pelo cientista canadense Humphry Osmond, criador do termo psichodelic, depois corrigido para psichedelic, a fim de se desvencilhar da conotação de hospício que tinha psicho. Décadas depois a palavra escapou do restrito jargão científico para popularizar-se através do movimento comunitário do acid-rock e da arte lisérgica.
A musa ruiva, Zanza Meneses em Aventura Sem Dublê 2
No auge do delírio, eu a pedi em casamento na igreja e com a banda tocando faixas do "Lóki?"!
Nada ao acaso... forte energia e magia femininas
Conexão São Paulo/Chapada dos Veadeiros: a paulista, índia inca Caterine Perez (Vila Madalena), a piauiense Zanza Meneses e de Campinas-SP, a geógrafa; Mariana Arruda - Ladies on the road
— Por quê você não leva pra Brasília, um estandarte de São Jorge?
Essa indagação de This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it., a autora dos instigantes e caprichosos estandartes de São Jorge espalhados pelo Atelier Iluminarte (62) 8121 2371 - me convenceu a levá-lo!
Moacir, o grande artista naïf de São Jorge; com um só tema na cabeça e Pazcheco fazendo a contabilidade...
Moacir: pintor naïf de murais de váginas e pênis
Anote este endereço: sua fachada é inesquecível Avenida A Qd. 15 Lt 01 São Jorge I
Observações particulares de um guru de ressaca...
— Why don't we do it in the road ?
Você chega na Vila de São Jorge-Chapada dos Veadeiros-Goiás, e pensa, — vai rolar o por quê não fazemos na estrada dos Beatles? E o quê você vê e ouve? Uma nuvem cigana de malucos cantando Um lugar do caralho naquele corinho: “Sejam loucas e super chapadas”, Júpiter Apple deve odiar esta música...
No altar do santuário Raizama, sob as efígies petrificadas de Janis, Jimi, Raul e Lennon... fechando o show da STONER BABE!
Muitos lugares mágicos para tocar e nenhuma banda de rock'n'roll!
"A Magia acontece, quando um duende louko dá seu toque de midas...", (Félix Amorim).
Foto: http://www.facebook.com/encontrodeculturas
“Onde há índio, há mata preservada”, afirma índio Fulni-ô
Nossa rápida visita à Aldeia Multiétnica foi vibrante...
Estávamos aqui há poucas horas atrás e tudo era mágico e sonoro na Chapada dos Veadeiros inclusive o canto da floresta e o trabalho dos índios na oca. É claro, que trouxemos umas maracas e pedi ao índio da etnia Fulni-ô que tirasse um som... Depois me chamaram para uma cachimbada...
DON'T LOOK BACK! Assim Mário Pazcheco desmente os rumores de que estaria louco e segue na estrada...
Domingo de blues
Em respeito à estrada, um lembrete: várias famílias foram feridas e perderam membros nesta volta hoje a Brasília, como testemunhamos em dois acidentes - Obrigado! Senhor! por estarmos felizes e inteiros!