Cena Cultural aparece em peso para celebrar os 31 anos Do Próprio Bol$o
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Do Próprio Bol$o completa 31 anos e de lambuja, o aniversário dos 49 anos do Pazcheco
por: Diego Dutra
Marcelo 'Maguim' perfila ao lado de Pazcheco numa escaldade apresentação cênica com direito à calça colada
24 de maio de 2013 - foi do caralho!
Uma produção de Rosângela Meneses & Patrícia da Silva
Discotecagem de Ricardo 'Retz'
Grafite do Mural Grupo MOSCA-Mobilização Social/Cultural e Ambiental
Um rango especial de Rita
Patrocínio de Wesley Almeida
Com fotos de Henrique Ferrera, Joelma Antunes, Edson Salazar e Juliana
Convidados especiais Prof. Zé Otávio e Elisa Lemos
In memoriam de Marcelo Alexandre de Oliveira (22 mar. / 1967 - 11 mai. / 2013)
O guerreiro fez mais un rock sim, ao completar 49 anos, no dia 24 de maio e foi uma bela produção. Não posso deixar de fazer uma pequena e despretensiosa resenha. Faz alguns dias e vou puxar pela memória. Se apresentaram 6 bandas: Stoner Babe, Bear Head, Red Zones, Maverick ’79, Os Merah e Os CabeloDuro.
O Stoner Babe começou sua poderosa apresentação destilando o som do bom e velho rock ‘n’ roll. De saída, a galera já sentiu como seria a noite dalí em diante. Uma apresentação performática e cheia de interatividade os Stoner tocaram rocks com uma pegada final de 60 início de 70 e temas que remetiam ao lema: sexy, drugs and rock. O vocal se dividia com o guitarras (os nomes próprios da galera agora me fogem) na condução das canções o que era bacana e dava dinamismo, mesmo porque o vocal era um espoleta: jogava o pedestal, dançava com ele, levava o microfone pra galera, interagia com o baixo, as bateras(sim “as bateras”, pois eram duas, uma Tama e uma Yamaha). Enfim o bagulho foi louco.
Beer Head mandou os clássicos dos Ramones e alguns lado B. Seguiram o set list à risca. Foi engraçado quanto terminaram uma, o vocal já quis emendar com outra, mas o contrabaixista atento, avisou a ele que esta seria a próxima... O camarada nem deu bola dizendo que eles iam seguir o set e a porrada comeu: I wanna be sedated, Pet cemetery (não podiam faltar), She’s a punk rocker e Rock ‘n' roll high school – eu pessoalmente me amarrei em Back in the U.S.S.R. - firmaram o set.
Outsider
Ao Beer Head seguiu-se algumas autorais e outros clássicos. Confesso que estava fazendo minha manutenção etílica e atualizando algumas conversas paralelas. Nada melhor do que ficar um pouco longe do burburinho e fora das dependências para apreciar a qualidade do som reverberando. Realmente, o Tiago Rabelo (na mesa comandava bem). Pelas tantas quando voltei peguei Born to Be Wild dos lobos das estepes do começo ao fim e foi apoteótico!
Os Red Zones trouxeram a visceralidade do Ingá pro Guará e vingou. O tupá-tupá característico do punk rock. Um vocal gutural. Deram os tons do Zone. Um probleminha técnico no contrabaixo fez com que a banda finalize sem o instrumento. A galera mesmo trupicando se desdobrou e tocaram o PHODA-SE!! Música que por conta disso tiveram que repeti, PHODA-SE! A guitarra do front man, tipo uma Gianinni-Les Paul segurou as pontas e depois só teve que comemorar nos braços da galera. No início, o guitarrista desequilibrou-se e tocou deitado.
Maverick ’79 trouxeram na bagagem a carga setentista pesada e sofisticada à la Led Zeppelin. Conseguiram aglutinar a galera em torno de sua apresentação. Sem dúvida um dos pontos altos da noite. Mandaram Deep Purple parecendo que até o o próprio Jon Lord tinha baixado no terreiro, coisa fina. All of my love foi executada com primor e The Ocean foi demais, sincronia total. O vocal segurou uns agudos doídos e a banda em si numa harmonia familiar. Se teve nota engolida nos solos do guitar front man foi uma ou duas que eu pensei se que fosse cabeamento ou coisa assim, mas não. Até hoje, eu mantenho o sonho de tocar as músicas do Zeppelin que eu mais gosto. Foi muito bom.
Sejam benvindos ao cover com os membros originais dos Cabeloduro que não desapontaram seus fãs
o galo já se preparava para cantar
Os CabeloDuro encerraram a fatura com o nosso hardcore de cada dia. A galera dos CabeloDuro já tavam vindo de outra empreita e mantiveram o ritmo. Depois dos Os Merah, eles trataram de segurar o fim da noite com o bom e velho HC. Fechando com chave de ouro, logíco a birita. Esses caras são do tempo do Sesc Garagem na 913 Sul! Onde todo fim-de-semana rolava um rock das aranha. Era o melhor da cena pra nós à época.
O zelo e a produção de Pazcheco são mencionáveis. As bateras superbacanas, tanto a Tama quanto a Yamaha do Tiago – que conheci em um dos ensaios do Hindra Rock Magic, no estúdio do Cláudio, na parte Norte de Brasília, há alguns anos – ele comandou a mesa se responsabilizando para que o som de cada banda saísse digno de elogios da galera que prestigiou. O cubo Gallien-Krueger aveludado dava à cozinha, o peso indispensável e encorpou o som das bandas. O Marshall é hors concours. Existiam velhos gabinete JCM mas não vi a inscrição perto dos canais. Em ótimo estado de conservação, esse modelo de Marshall em que alguns casos têm mais de 30 anos, parecia até um modelo híbrido valvulado/transistorizado de capitação ativa. Aqueles vai aumentando e saturando em parelho. Os velhos bluesman abusavam dele.
Vale lembrar os bons papos que tivemos sobre cultura, educação e política. Com o Betutu, sua esposa, Lincon, Luís (o redator), Gazu e atriz de teatro, Girlene.
Pazcheco , guerreiro véio, deixei escapar um monte de coisa e tantas outras ao contar o conto posso até ter aumentado um ponto mais o sumo da laranja é esse. Em meio a tudo nem lhe dei os parabéns e não agradeci a hospitalidade de sua digníssima esposa, Rosângela. Vida longa ao Rock, parabéns!
O Velho Rock'n'Roll Capital
Na cobertura do evento, o casal ruído urbano da Rádio Federal (Ana, Júlio e sua filha Juju) e o fotógrafo, Henrique Ferrera distribuindo 'clicks' inesquecíveis da moçada
Da janela lateral, o Coletivo MOSCA abriu suas asas e pregou no mural, aquele baita sol grafitado, onde o menino Israel espalhou tinta... Esqueceste ou não deste tempo para citar a memorável apresentação de Os Merah com os luxuosos teclados de Paulo Thirso Ferreira em homenagem a Ray Manzarek - inda ouvi um garoto no final da noite que deixou o microfone cair cantando a mais ébria versão de Janis Joplin - detalhe Marco A. Gomes tentou dois tocadores de fita para fazer ecoar a fita de Lord Sutch and his heavies friends a que dei de presente.
Os Merah foram privilegiados em terem como membro ativo os teclados de Paulo Thirso. A banda havia ensaiado na casa 48 horas antes. Sedenta para mostrar o seu potencial. Maravilhosamente agradaram à plateia feminina que ficou especialmente satisfeita. No fim, uma jam com Tiago Rabelo cantando Mistreated. E um combo híbrido de Os Merah com Maverick 79 encerraram o set com Rock'n'Roll na duas baterias.
Conheci o contrabaixista Célio de Moraes numa exposição de Carlinhos Guimarães na W3 Sul. Célio gravava o CD Doomsdy.
Desde então, Célio que é pai de Arnaldo em homenagem ao mutante. Sempre na agenda apertada segura um momento para nos visitar e distribuir o seu carisma. Amigo de ouro. Meninos! Produtoras! Amigos devemos ter mais respeito para com Célio! - Pazcheco! Álcool! - É pra já.
Ricardo 'Retz' da lendária 'Retz Core Production' com o volume no talo. Levita a galera ao som The Stooges, Blue Cheer e MC 5 - a vizinhança chiou barbaridades e 'Retz' sorriu...
Menino 'Retz' da lendária Core Production mandou ver no volume no clássico MC 5. E gritava amanhecendo CARALHO! São vocês agora Os CabeloDuro, cujo baterista fugiu do instrumento. Sei lá o motivo e tivemos Pernão levando além mar essa história e outras.
A formação completa de OS Skrotinhos vai se reunir no aniversário de Sueli Saraiva, em agosto
A produção do Dia 24 de Maio, foi precedida por 12 dias antes, quando o Grupo MOSCA sem recursos financeiros e elétricos tomaram o `Parque Denner' no Guará 2, na QE 40. Fizeram (CULTURA!) com tintas, telas e grafites e instrumentos musicais e a boa vontade da vizinhança. Infelizmente, deve ser o velho caso de falta de educação e senso. A coisa passa desapercebida enquanto os olhos fitam a tevê colosso, os covers das madrugadsa e o insistente Toca Raul. Acordem ou permaneçam na ilusão do berço esplêndido. Educação não deve transformá-los em monstros convencidos e a ignorância não deve ser monstruosa - deve existir o meio termo.
Revival!
Izabel, a esposa do Betto Tutu, comentou "Revival"!
Bem Girl! Eu desisti de juntar grana para sair do país, desisti do carro do novo. Só não abro mão do sonho de sempre tentar realizar as festas com o espírito gregário de FRISCO. Não me importo com a pequenez e nem o interesse político. Por isso, colamos em vocês, fazendo essa prestigimosa cena que reúne as (in)portantes produtores, bandas do momento e as Turmas dos Skrotinhos, do Mosca, d'A Banda mais Lama, do Dög Savanna - fotógrafos chiques + garotas belas. E fieis amigos do Underground de Luziânia, Jardim Ingá, Ocidental, Taguayork e claro o, Guará que desconhece o próprio umbigo diletante de Zeca Camargo e seus apaniguados.
No dia 25 de maio, a festa continuou no show do Serguei em Luziânia... No Sarau Psicodélico coroamos o "Anjo Maldito" nascido Sérgio Augusto Bustamante!
E foram realizadas as primeiras cenas do filme on the road da banda-sensação Stoner Babe!