DIVÃ DO ROCK'N'ROLL (2022)
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QUE SE FODA O ROCK'N'ROLL!
Photograph by Gimbaa
AINDA UM ANTI-HOLLYWOOD STAR
Troquei de posição no divã, e agora quem me interroga é o dr. Rock'n'Roll. Trocamos de identidade. Eu sou o paciente. Ele receita as drogas e explicou os meus medos fobias e distúrbios mentais e neuroses. Explicou a razão da situação estar como está. Chegou a abalar a minha fé. A única coisa que temos é um sucesso de resistência. Temos que usar este passaporte. Da depressão, fui ao êxtase. Só há um jeito, não fugir. Não se entregar vivo. Estamos rolando a pedra e temos uma pedreira pela frente. Ele sacou do pedal flashback, usou efeitos, o loop (que é uma base repetitiva) e acionou a percussão. Solos ecoaram por todos os ares. O espírito de todos aqueles que passaram por nós, alimentam a essência.
Venha curtir, não será mais nada disto: atrações ou – Podemos ser os últimos? Este esquema furou, chega, basta, sejamos humanos. Se rolar, rolou. Não haverá nunca mais a certeza desta pressão que me fodeu. Foda-se o esquema empata foda. Venha e toque com quem estiver. Nunca mais haverá pressão. Só happening, rolando...
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Neste blog, eu tenho 9908714 vistas e de vez em quando, faço uma coluna no Jornal Do Guará. Escrevo sobre trovões e tempestades próprias. No sábado passado, no Guará, em um dos espaços culturais (que nós lutamos pela sua preservação contra os tubarões capitalistas). Fui convidado a me retirar da Casa Da Cultura, por uma pirainha capitalista (kkk). Não se trata de menosprezo ou dor no dedão do pé ou antissemitismo ou preconceito. Foi apenas uma piada sem graça. Por eu ter passado pela entrada, sem ser incomodado e escrotamente banido por míseros 5 reais. A produtora do evento, poderia perder muito mais do que isso. Mas, estamos quase podres em adiantado estado de maturidade.
FAZENDO SUCESSO
Cada um tem o seu approach, que é a visão pessoal de lidar com a matéria. O fizeram, o Joelho De Porco pelo lado avesso e os Neuras Planetoides pregaram a onda do sucesso pelo lado sarcástico. Tanto a falta como o excesso dão em nada dependendo dos casos. Sabemos que com esta cara, a cada dia mais inchada e na falta de botox generalizado, o sucesso é uma mera nostalgia. Porém, eis que ando pela rua e afirmam, – Dei aula de guitarra para Carlos Beleza! Ou, – Andei pesquisando sobre o Konjunto e agora sei do que se trata. Me belisco para ver se é verdade. Chances de novo de ver o meu nome no Correio Braziliense que de televisão estou cheio. O espetáculo O KONJUNTO NA SUPERFÍCIE DO PLANETA, de alguma maneira vai estampando o imaginário das pessoas. O show estreia profissionalmente no dia 31 DE MAIO, no Sesc da Ceilândia. E também voltará a circular a coluna Ponto de Cultura, no Jornal do Guará. E trará o nosso retrato juntos e pendurados um no outro. São bons os tempos e viva os Paralamas do Sucesso.
A sinopse deste show, se inicia com um caminhante que descobre por acaso um recorte de uma revista nanica, tipo o Bondinho ou a Rolling Stone nacional. E como sorvido um bom ácido, há um flashback e ele encarna um retorno ao ano de 1972! Para sacar o clima e as canções. O inusitado é que este show-revista, O KONJUNTO NA SUPERFÍCIE DO PLANETA traz para nossa realidade esta experiência de reencontro com o afeto reprimido. O show durante a sua exibição irá além sensorialmente com cenário e iluminação que serão incorporados. Na sua estreia, uma coisa me despertou: foram acesos charos, como se o pessoal estivesse nas Dunas Da Gal ou Dunas do Barato que foi um pier distante da realidade repressora daqueles idos.
Profissionalmente, eu publico o mesmo tipo de coluna desde 1987. Desde 1982, eu me classifico como amador da pseudoliteratura. Por defesas do arco da velha, nunca peço cortesias. Minha sorte mudou e o conteúdo do site, idem. Marssal é um dos que me dão uma cortesia e que me leva a conhecer os ídolos. Por isso, não apareço em certos shows. Mas, agora estou indo a três shows por semana, quarta, quinta e sábado. Estou tirando minhas conclusões homicidas. Acabo de entrar na seção e ouço um estridente, – Pra você! (Fiquei surpreso). O formato do envelope era para um CD ou um gibi. Rasguei e recebi o livro 'Transpenumbra do Armagedom' de Silas Corrêa Leite. Direto da Desconcertos Editora. O livro são compostos fictícios-literários do tipo literatura de ficção futurista baseado na new weird fiction, (que pode ser traduzida como “ficção esquisita”), estilo que produz criaturas mutantes, personagens que não são totalmente humanos. Um gênero que anuncia a chegada da distopia, também denominada cacotopia ou antiutopia, que representa a antítese do que se lê em Utopia, do escritor inglês Thomas Morus (1480-1535), onde um governo, organizado da melhor maneira, proporciona ótimas condições de vida a um povo equilibrado e feliz. Este velho corpo ficou feliz de ser prestigiado e reconhecido.
Afinal, não foi para isso que eu escolhi o caminho do anonimato?
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Falar sobre o frio é uma fria. A previsão vinha e falava até ciclone, tempestade no sul/sudeste. O que acontece é que se as pessoas assistissem aos telejornais, saberiam que não há ação do Estado para recolhimento de cobertas para distribuição. Outro fato, a distribuição é indicada para instituições de apoio. As mesmas instituições que não recebem a verba pública. É o mesmo jogo de empurra, assim como na Cracolândia. É uma visão torpe de não enxergar o problema, até que ele esteja debaixo dos seus olhos. E votamos, e votamos e nada muda. É o ciclo repetitivo da falta de mudança. Mas, o incentivo não tem que só vir do Estado ou do cidadão.
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É. Nesta Terra, ninguém vira santo ou anjo, só depois que parte. E antes disto, Facebook captou o meu alvorecer. Na verdade, a gente envelhece e perde as energias, menos o tesão. Quero menos tensão. Isto significa administrar menos problemas. Não entrar nessa dos avós. Naquela de vencer as eleições. É esconder o peru que está frio e a onda caminha para o leito do meio do ano.
Sofri e sofro de paideuma, “organização do conhecimento para que o próximo homem ou geração possa achar, o mais rapidamente possível, a parte viva dele e gastar o mínimo tempo com itens obsoletos”.
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O Jornal Do Guará é o órgão central da minha vida. Me faz feliz como uma caminhada. Para nele me inserir tenho que estar de boa. Agora, só me interessa a conotação de estar de boa. Dizem que eu fui o louco, o maluco. Ha ha ha, então eu encontrei a paz. Abri a boca e engoli um peixe de vez. Foi assim que eu me alimentei da paz mais crua. Por isso, escrevo coisas como o Divã do rock'n'roll etc. Escrevo para resumir como ando e me sinto e fim de verso. Se você não me lê, ficarás desatualizado como o meião da noite fria. Beijo ardente, leitores. Não pense que eu não escreverei sobre assuntos mundanos e misteriosos.