ROCK MADE OF A STONE: ROCK FEITO DE PEDRA

• Zezinho Blues • Barbarella • Guariroba Blues

• Momentos de excitação – Thomé é flagrado em êxtase, figura chave do rock feito na Ceilândia - Atrás da pilastra, na beira da pista de dança, aparecem Vanesca e Leonardo

• ‘Rock da kombi’Sexta-feira, 3h da tarde, o ritual começou pelas mãos de Marcos Estevão preparando o jantar; o prato escolhido por ele: vatapá.

Setembro foi. Eu fiquei esperando pela chuva, que veio, e pelo rock. Tudo indicava que não conseguiríamos fazer o som do semestre. Quando de repente acidentes acontecem, a festa de aniversário da Kátia é cancelada, e o Conselho delibera pela realização da festa lá em casa. É claro que tinha que ser Rock Do Próprio Bol$o.

3 out. / 2008 - Na véspera do rock: Telefonei a Robson Gomes, que prontamente confirmou a presença da banda Barbarella. Zezinho Blues já estava escalado desde o início.
Passava das 21h. Estávamos no jardim, e a Lua nos vigiava. De repente, o olho do farol de uma kombi branca iluminou a nossa cara. Na hora, entendi, porque o veículo carrega praticamente um time de futebol. Os primeiros a descer foram Tiago Rabelo e Thomé de Souza. Eles seriam ajudantes e técnicos, mais uma grata satisfação.

Descem também Adriana, Robson Gomes e os três meninos da banda Barbarella: Alessandro, Sérgio e Bob. Depois dessa visão impactante, a sentença fatal: o rock vai rolar, e com certeza outras surpresas também. – O massacre ainda não foi iniciado.

Vamos ao Rock’n’Roll!

O duro dessas linhas é que no dia seguinte eu não me lembro de muita coisa.
Depois do caos, vem a catarse: Zezinho Blues estava com a voz limpa e potente.
E desta feita o som ajudou. E ele não ficou solitário por muito tempo: Thomé, contrabaixo, e Tiago Rabelo, bateria, se juntaram logo logo ao bluseiro. Começava outra grata surpresa, a grande apresentação de Tiago na bateria. Com a cozinha azeitada, Zezinho Blues, armado da gaita, desfilou de Barão Vermelho a Marcelo Nova, além de números da Ave de Veludo e da Som Nosso de Cada Dia. Todo mundo dançou, e de todo mundo só risos!!

A casa vem abaixo

De repente, o trio da segunda apresentação começou a detonar os alicerces com a Patrulha do Espaço e Mutantes.
Na cozinha do ritmo estavam Tiago e Thomé, aos quais se juntou Sérgio Passos, que mandou pesado na guitarra. Thomé também se revezaria no contrabaixo, aqui acolá tocado pelo Bob Stigma. Era rock cru e da melhor qualidade. Ao vivo, bem na frente da gente, e dentro da nossa cabeça, até dos nossos ossos. – Talvez pelo repertório, pela jam inusitada, e por tocarem material da Made in Brazil, foi o momento que mais curti.

Em cena, Barbarella

Eu sabia que o som da Barbarella se daria melhor em ambiente fechado, e com as duas guitarras. A apresentação deles foi dosada, segura e equilibrada. Havia um teclado moog, casualmente tocado, e o jogo de luzes esparramava psicodelia. Além de tocarem material do Tim Maia (†), do álbum Racional, um grande momento da banda é quando tocam uma versão da “You really got me”, mas na qual mantêm os arranjos originais. É uma canção emblemática, e que poderia ser problemática... se não tiver a interpretação apropriada e enérgica que atingem.

Desta feita, Adriana – esposa do Robson – não mostrou os seus dotes musicais, porque ela canta mesmo são as canções populares brasileiras. Mas ela demonstra mesmo é que está muito feliz com o bebê que aguarda!

Passaram pela porta: Luíza, Cristina, Adalzeni, Maíra e João Vítor, Lurdinha, Caio e Davi. Narcisa conversou muito com João “Piauí”, que tempos depois da última vez que se viram reencontrava o seu ex-aluno Thomé.

Desde o início, minha esposa Zanza e o casal Maurício e Marilange organizaram esta confraternização.

Lúcia Nunes dançou com Marcos Estevão, bastante animados. Meu cunhado Zé Roberto e sua esposa Vânia foram os últimos a chegar, mas se integraram na hora. Não longe de amanhecer, o som da última jam session rolava pacificamente.

O rock quando executado com amor é milagroso. Nós todos brilhamos!