Espionagem da CIA: tinta invisível
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Espiões
CIA vai divulgar documentos secretos que ensinam a fabricar tinta invisível
O Globo com Agências internacionais
20 abr. / 2011 - RIO - A agência secreta americana CIA divulgou um comunicado na terça-feira em que torna públicos seis documentos mantidos em sigilo durante 93 anos. Os documentos detalham como espiões se comunicavam durante a Primeira Guerra Mundial e eram os mais antigos mantidos em segredo.
Os documentos, produzidos em 1917 e 1918, são possivelmente os últimos arquivos secretos sobre a Primeira Guerra.
- Esses documentos permaneceram classificados como secretos por quase um século, até que os recentes avanços tecnológicos permitiram que eles fossem divulgados. Quando a informação histórica não é mais sensível, levamos a sério a nossa responsabilidade de compartilhar conhecimento com o povo americano - disse Leon Panetta, diretor da CIA.
Os arquivos descrevem técnicas de comunicação, especialmente fórmulas para fabricar tinta invisível. Um deles detalhava a fórmula americana, enquanto outro, escrito em francês e enviado pelo serviço secreto da França, revelava a técnica de fabricação alemã.
Em outro documento, há instruções a carteiros sobre como detectar a tinta invisível em cartas, além de numerar 50 situações possíveis, como documentos ocultados em pílulas de remédios ou inscrições nas unhas de alguém, que ficam visíveis quando se aplica carvão vegetal, como escreveu o agente Theodore Kytka em um dos documentos.
- A regra é examinar ou suspeitar de tudo que for possível. A guerra entre o espião ou falsificador e o especialista se dá continuamente por novos meios - escreveu Kytka.
Outro método citava o uso de soluções de amido para passar colarinhos e mangas de camisas, e a utilização de iodeto de potássio. Os documentos também ensinavam os agentes a abrir um envelope lacrado sem deixar rastros. Para isso, devia-se fazer uma mistura que incluía cobre, acetona e óleo de linhaça.
A lei americana que regula a liberação de documentos confidenciais estabelece que acada arquivo pode permanecer classificado como secreto por pelo menos 25 anos, prolongáveis em caso de risco da segurança nacional. Os documentos liberados na terça-feira foram revisados pela última vez em 1978, quando se decidiu que ainda era um risco torná-los públicos. Somente em 2010, a CIA abriu um milhão e cem mil documentos à consulta pública. Em breve, a agência vai dispobilizar em seu site estes seis documentos sobre a Primeira Guerra Mundial.
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