A quarta-feira ferveu: a comunidade passa a ser ouvida e exerce a pressão no sentido de amenizar os estragos proveniente do processo de privatização do Cave.

 Ontem, às 18 horas, o grupo de artistas local, agrupou-se frente à Casa de Cultura (Guará 2) para um panfletaço alertando sobre as mudanças nefastas no processo de entregar à iniciativa privada o patrimônio público. Em um certame sem transparência e participação popular.

 Passos vigiados de perto e muito bem vigiados pelo Poder

 Bastou o esforçado contingente dos aguerridos trabalhadores da arte: artistas, grafiteiros, professores, educadores, produtores, gestores, jornalistas, organizados pelo Conselho de Regional Cultura ... para atrair a atenção da segurança pública da cidade satélite.

 O grupo passou a apresentar a dança do Bumba meu boi e desfile de cabeça de bonecos da lenda nordestina. Foi o suficiente para provocar a interrupção do trânsito na pista central.

 Rapidamente quatro viaturas, além de motocicletas se dirigiram para a Casa Da Cultura, para desafogar o trânsito. Segundo o vigilante da Casa, – Nunca vi tantas viaturas juntas aqui.

 A organizada panfletagem seguiu para a faixa de pedestres, na entrada interditada do retorno da Feira do Guará e prosseguiu com ato de maneira ordeira.

 Não houve conflito ou voz de prisão. Não ocorreu bate-boca, Rênio Quintas, um dos organizadores se entendeu com o comandante da PM. E tudo terminou em festa.

 Como está a situação?

 No Correio Braziliense saiu, Entidade faz panfletaço contra a concessão do Cave no Guará. E transmissões ao vivo no Instagram popularizaram a panfletagem.  Na Câmara Legislativa, Arlete Sampaio, Fábio Félix, Leandro Grass e outros colegas, se pronunciaram  contra a privatização do Cave. Um dos conselheiros, do processo pediu vistas ao edital. O presidente da Terracap, reconheceu o lapso após ter inserido a Casa da Cultura na concessão.  É que há a nova Casa e uma mais antiga.

 Os próximos passos

 Na sexta-feira dia 25, a panfletagem terá continuação na Estação de metrô, Guará, na batalha de rima de Mc’s e rappers. E depois da panfletagem haverá o grito de carnaval com trio elétrico na QE 40. Estejam convidados.

No mínimo, a luta será para preservar o Teatro de Arena do Cave, para a continuação do uso público do espaço já pago por nós.