Não é fácil escrever sobre si, minha confiança vinha da paixão e da total entrega. Como pontos na cabeça, depois da queda. Experimentei isso no último som do 24 de maio. O pressuposto de uma oposição declarada,  sob a forma de uma oposição sutil e prolongada. Sem par. Um ato muito mais de coragem do que fé. Um ato que é uma vontade incontrolável, mas militarmente disciplinado. Meu rock era como uma parada gay. Exigia culhões. Nada de burgueses ou fascistas. Eu me expunha muito, até o ridículo. Sim encontrei pares tão efusivos e cativantes. Hoje, condeno qualquer conflito. Se você me perguntar, Eu sou contra as drogas. Elas enfraquecem o caráter. Assim como o álcool. Eu acredito ainda mais em mim mesmo. O som vive dentro da minha cabeça como uma colmeia de piolhos. O medo à liberdade. E a subversão não é um estado natural. É premeditada. Neste estágio da vida, a própria sobrevivência é a vanguarda do rock. E não há por que discutir. Confltar. Rebeldia é coisa de jovem de vigor de energia. Então, você tira o cigarro do canto da boca e responde, – Este papo teu, tá de velho. Eu também acho. e não me vejo nestes rocks. Nestas produções de beira de butecos. Nestes livros amorfos. Sinto-me ultrajado. É a minha perspectiva. Estou sóbrio como a sombra que caminha para o alvorecer