Oscar: A vitória do pão e circo em tempos de crise

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Oscar: A vitória do pão e circo em tempos de crise

Mais um ano, mais um Oscar. Nunca esta premiação foi tão previsível como a deste ano!  Infelizmente previsível demais para o meu gosto!

Sem ser homofóbico nem anti-semita já está ficando óbvio que filme que fala sobre o Holocausto ou  Homossexualismo ganha Oscar.

Melhor Ator: Sean Penn

Portanto,  premiar o ator Sean Penn como Melhor Ator por seu papel de político gay no filme Milk – A Voz da Igualdade em vez de dar a estatueta dourada para o ator Mickey Rouke que mostrou todo seu poder visceral em O Lutador é pura sacanagem.  Vamos deixar claro que, Sean Penn está ótimo no filme que, tirando a temática que certamente por motivos óbvios agradará muito uma parcela da sociedade, em si só, não é lá um grande exercício cinematográfico.  Agora, Mickey Rouke  que infelizmente é apenas lembrado pelo "soft porno" 9 Semanas ½ de Amor mas que na verdade carrega na sua bagagem alguns filmes muito bons, verdadeiras pérolas cinematográficas como Barfly  e Angel Heart certamente estava na hora de um reconhecimento por parte da elite Hollywoodiana. Cabe lembrar que o coitado desceu até o fundo do poço combatendo os seus demônios existenciais e, nesta sua volta, desde o filme Sin City tem mostrado o seu poder de fogo e, à meu ver, bem que merecia ser recompensado.

Melhor Atriz: Kate Winslet 

Okay, vamos descer o sarrafo na Melhor Atriz. Kate Winslet já tinha sido indicada anteriormente 5 vezes para o Oscar e  se não ganhasse desta vez pelo filme O Leitor, iria ficar muito chato para ela.  Ninguém discute o talento dela mas, a realidade é que confrontada com a figura poderosa da Meryl Streep no filme Dúvida é golpe baixo. Aliás, se você é do tipo que gosta de interpretação, profissionalismo e cinema como arte, não deixe de ver este filme. Não é um filme fácil mas é cinema como deve ser.  O filme Dúvida na, minha opinião, foi um dos grandes injustiçados pois a atriz Viola Davis merecia um Oscar para a categoria de melhor Atriz Coadjuvante que no final foi dado injustamente Penelope Cruz por sua participaçao no filme Vicky Cristina Barcelona, um filme burguês, sem graça e auto adulante do já passado Woody Allen.

Melhor Filme: Quem quer ser um milionário?

Quando o mundo se abraça para enfrentar uma crise econômica de grandes proporções que muita gente acha que será tão séria como a experimentada no tempo da Segunda Guerra Mundial, é tempo de dar ao povo alguma esperança. É tempo para jogar na Loteria. É o momento dos governos, mais do que nunca, patrocinarem o escapismo, de dar pão e circo para que o povo esqueça dos seus problemas presentes. Então, a história, ou seria melhor dizer, estória de um rapaz da favela que  “come o pão que o diabo amassou”, ganha o premio máximo do programa de TV mais popular e ainda fica no final com a “princesa” aparece como um típico contos de fadas onde o povão recebe aquela mensagem positiva e de esperança de um futuro melhor. Bom, este filme só poderia ganhar o Oscar  porque é o momento político para exportar filmes de final feliz, bem popular, com muita cor e música brega. É claro Oscar na cabeça!

É incrível ver que ninguém comparou o filme  Quem quer ser um milionário? com o nosso Cidade de Deus. Em termos de trabalho de câmera acho o nosso melhor. As similaridades são tantas que nem vou comentar. Se vocês não viram é porque são cegos! Agora, pensem bem, porque foi que Cidade de Deus não ganhou 8 Oscars? Não se iludam! É tudo puro bairrismo! Aquilo é uma máfia!

Brad Pitt e Angelina Jolie

Fiquei com dó de ver Brad Pitt e Angelina Jolie saindo da festa com as mãos vazias. O curioso caso de Benjamin Button apesar de ser um filme longo, cansativo e até mal costurado não deixa de ser um exercício cinematograficamente estimulante e curioso onde Brad Pitt preenche o espaço com a maestria costumeira. Infelizmente o roteiro escrito por Eric Roth mais parece uma revisão do seu roteiro anterior escrito para o filme Forrest Gump. Sua tentativa de usar a mesma fórmula de sucesso não funcionou e o tiro saiu pela culatra. Já em A Troca, Angelina Jolie deixa de lado a sua imagem de super-heroína para concentrar-se  em um papel intenso na busca da verdade enfrentando uma sociedade preconceituosa e opressiva.  São dois filmes que valem a pena ser vistos.

Só para finalizar, deixo com vocês uma máxima do Barbieri aqui: “A vida não é uma caixa de chocolates!”.

Antonio Celso barbieri 

 

 

 

 

 

 

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