CONFUNDINDO AMOR-PRÓPRIO COM “VÁ SE FUDER” (2022)

cereja

por: Heloisa Dutra

Nada nada (nada mesmo) contra pessoas que sabem seu próprio valor, confiam no seu taco, no seu bom gosto, em sua educação, instrução e/ou erudição, que gostam da própria aparência, voz e porte, que se conhecem profundamente e ainda assim se estimam e se amam. Mas pelo amor de Deus, cadê o famoso e sempre bem-vindo bom senso cambada? Não rola um pouquinhozinho só, por minúsculo que seja, de auto-dúvida, de humor auto depreciativo, com ou sem hífen, e de pulguinha cantando “talvez, talveeeez você não seja a última molécula de H₂O do Saara, viu, fofo(a) ?” atrás da orelha do ser metido á besta não? Algo que funcione que nem aquela pitadinha de bicarbonato que não deixa o bolo ficar nojento de tão doce e evita que ele afunde e sole em sua própria chocolaticidade rica e densa, cadê? Porque, vou te falar, quando a dose de “sou lindo(a), gostoso(a), maravilhoso(a), talentoso(a), sedutor(a), tesudo(a), interessante, sensível, irresistível e genial (uf)” só varia de seu máximo, até a parte boa começa a bichar, e aí não tem remédio pra enjoo que dê conta.Nessa hora, meu cerebrozinho disléxico começa a jurar que foi ele quem leu errado o velho clichê “é chato ser gostoso” e começou a crer, do fundo mais profundo e meditabundo do seu EEEEEUUUUÔÔÔÔ superior, sedoso, malhado e vitaminado, que o gostoso mesmo é ser chato(a).

Ô raça!!

Ps: Não precisa me mandar mensagens tentando fixar suas qualidades não viu?(e nem fotos sacanas). Eu conheço coisa boa, e de longe!

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