Três Irmãos, Uma Época – Em memória de Neilson de Oliveira Bandeira

0 Neilton

   Memórias de Edmar Lopes – Conjunto C, QE 34

   Convivi com os três irmãos Bandeira nos anos 70, aqui mesmo no Conjunto C da QE 34. Todos foram amigos próximos, cada um com sua personalidade marcante. Hoje, deixo aqui minha lembrança carinhosa e emocionada desses tempos e dessas figuras inesquecíveis.

   Neilson e Neilton.
   Dois irmãos, dois estilos, dois talentos.

   O Neilson era o mais popular – versátil, carismático. Era samba, era rock, era MPB...
   O Neilton, o Ninho, era mais introspectivo, refinado, com alma de bossa nova.
   Cada um no seu tempo e no seu tom. E os dois? Muito bons no que faziam.

   Lembro com carinho do Neilson: o jeito tranquilo de falar, a fala mansa, quase cantada.
   E do vôlei, claro – jogava sempre com um shortinho curto, só pra mostrar as coxas… fazia questão! 😂

   E o Newmann Ney?
   Esse continua firme por aqui. Um amigo constante, presente – daqueles que atravessam o tempo com a gente. Estudamos juntos no CEF 5, fomos parceiros do lendário Ismael Lennon e até nos apaixonamos pela mesma Jussara, do Conjunto H… (spoiler: nenhum de nós conseguiu namorar com ela 😅).

   Teve até uma briga entre a gente – uma bobagem. Não foi por ciúmes, mas por causa do gesso dele: eu, com meu sapato Cavalo de Aço, dei uma bicuda no gesso… e ele me bateu, claro. 🤦🏻‍♂️

   O Newmann Ney de Oliveira Bandeira era (e ainda é) um dos caras mais valentes que conheci. Nunca esqueço de quando ele bateu no Tim (o mecânico de motos) pra defender o Bia, irmão do Elder, lá do início da nossa rua – tudo isso por causa de uma pipa!

   Grande Newmann Ney! 👊🏻
   Eternas lembranças de Neilson e Neilton. Gratidão por ter caminhado com vocês.


   Em memória de Neilson de Oliveira Bandeira

   Mário Pazcheco

   Eu andei com esses caras. Os três irmãos Bandeira – Neilson, Neilton (o Ninho) e Ney – e também com o Edmar, lá pelos nossos 15 anos, nos finais dos anos 70. O que fazíamos? Corríamos atrás de uma bola, claro! Aqueles jogos inesquecíveis, em que eu mesmo me apelidei de "Zebretria", em homenagem ao craque Revétria, o ídolo uruguaio do Cruzeiro naquele distante 1979.

   Gostava de fazer tabelinhas com o Neilton, o Ninho, que tinha um preparo físico surpreendente para a nossa idade. Além disso, eu era mais chegado a ele porque era um excelente aluno – e me dava aulas de matemática, de graça. Um irmão mesmo.

   Já o Neilson, o mais velho dos três, era diferente. Tinha uma curiosidade natural pelas coisas. Lembro dele fumando aqueles cigarros "caretas", sempre com um toque de humor – era quase uma gag: fumava até o toquinho final, como se estivesse vivendo o maior dos prazeres físicos.

   Mas o tempo passou. Neilson abandonou o cigarro, se dedicou às artes marciais e virou faixa-preta – não sei de qual dan, nem de qual estilo. Só sei que ninguém na QE 32 mexia com ele. “Patola”, como dizíamos. Ele atravessava minha quadra todo dia, indo visitar a vizinha – uma gata daquelas que marcaram o Guará 2.

   É isso o que me vem à memória agora: os conjuntos da QE 34, os jogos, as aulas improvisadas, o riso, a presença forte do Neilson e a amizade que ficou.

   Descanse em paz, Neilson.
   Você deixou sua marca. 🙏🏼

 

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