Velha vítima ressentida Ou a hora e a vez do miojo (2025)

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Velha vítima ressentida
Ou a hora e a vez do miojo

Quero escrever sobre a solidão
Mas não consigo

A solidão não me impede,
Mas este vazio do coisar
Desvia meu desejo de existir

E sem existir
Como te desejar?
E sem desejo
Como escrever poesia?

Assim sozinho
Sem nenhuma companhia,
Sem conhaque, sem lua,
Sem nem mesmo noite fria
[Socorro,
Meu coração já não bate nem apanha]
Sem comoção nem diabo
Sozinho, ensimesmado?

Tenho rimas e tenho solução.
Não tenho quase mais pés
Nem sombra
A me projetar pelo chão.

Sou menos ser senhoras e senhores seres.
Sou pura peleja de escrever
Em busca daquela velha brecha do outro,
Para assim suspirar e viver.

(Adolfo Chanfro Manias da Silva - Academia Marginal de Euforias e Crueldades Brasileiras)

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