Akira S e as Garotas que Erraram - Ao vivo no Projeto Não São Paulo em 1985

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Akira S e as Garotas que Erraram

Ao vivo no Projeto Não São Paulo em 1985

Uma banda com dois baixos e nenhuma guitarra. O vocalista berra, guincha, aciona um tape-deck e até desce do palco. Em uma música tocam três instrumentistas, na seguinte podem ser seis ou mais.

Há menos de um ano, quando Akira S e o vocalista e letrista Pedreira Antunes se conheceram, estavam com idéias muito próximas sobre música. Akira toca baixo desde 77, estudou piano, música erudita e eletroacústica, tocou samba, jazz, tecnopop. A única experiência de Pedreira em fazer música tinha sido uma banda bastante falada mas pouco ouvida, N.º 2. Apesar da disparidade de formação e experiências, as idéias de ambos giravam em tomo da utilização de tapes e, eventualmente, dois baixos. "Sem vícios guitarrísticos", segundo Akira. Edson X, baterista há seis anos, foi chamado em caráter provisório para a primeira apresentação (outubro de 84)e está lá até hoje.

O nome da banda foi pensado para o duo - sim, Akira S era o Akira, que nem é S, mas Tsukimoto, e "as Garotas que Erraram", no feminino e no plural, era o Pedreira Antunes. Mas tal nome revelou-se profético, e vieram as garotas propriamente ditas: uma baixista iniciante, também ex-N.º 2, Anna Ruth, nos teclados, e a mais nova aquisição da banda, Corina, que tocou piano na tenra infância e cantou em um grupo quando morava na Inglaterra. Bem, até agora elas não erraram.

"Tento aproveitar tudo que sei", diz Akira. "Tudo" é uma vasta gama, que vai dos eruditos contemporâneos à discothêque, detendo-se no rock e no funk, sem deixar o velho e execrado samba de lado: Akira vaticina que vai fazer com o samba o que aconteceu com o funk - "uma musica de gueto que se universalizou", nas palavras de Pedreira. E ele quem expressa a intenção teórica da banda: "Botar em curto-circuito os procedimentos do pop, quer os musicais, quer as letras, quer as performances de palco".

Projeto Não São Paulo

Não São Paulo foi um festival realizado por Antonio Celso Barbieri no Teatro Sesc Fábrica Pombéia em 1985. A idéia principal do evento foi divulgar o álbum de mesmo nome lançado pela gravadora Baratos Afins pertecente à Luiz Carlos Calanca. Neste projeto, além das bandas presentes no álbum, várias outras tiveram oportunidade de mostrar seus trabalhos. Convém lembrar que o cartaz do evento (vide abaixo) foi mais uma arte criada pelo próprio Barbieri que, criou o mesmo influênciado pela escola Bauhaus e o futurismo Russo.

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Poster do evento criado por Antonio Celso Barbieri


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Teatro Sesc Fábrica Pompéia. Um projeto arquitetônico da arquiteta e designer Lina Bo Bardi
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