Diego Marques: Venha, erga o punho e balance a cabeça (2024)
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Os guitarristas encontram nos captadores de alta potência e no design agressivo das guitarras Jackson a combinação ideal para criar um som pesado e uma presença marcante no palco. Essa foi a experiência que vivenciei ontem, quando meus ouvidos foram inundados por 10 músicas que recriaram o repertório do Sepultura. Foi uma performance elaborada, resultado de anos de trabalho árduo. Diego Marques marchou impavidamente com sua guitarra a tiracolo, proporcionando-nos um desses momentos de entrega total do artista à sua arte.
Em meio às ramificações e extensões dessa jornada, surge sempre a insistente pergunta: "O que vão achar?" Eu considero o som como pulverizante para os vizinhos e os pássaros, mas no mundo do rock que nós criamos, é fundamental manter a liberdade criativa e rejeitar a perspectiva daqueles que não se agradam facilmente. O rock é atitude, é volume, é barulho. Diego Marques carrega essa tradição em seu DNA. Com 25 anos de carreira como músico, ele sente que esse power chord apocalíptico foi um marco em sua vida, e está pronto para continuar na estrada, dedicado à música pesada e crua.
Diego é um guitarrista com alma, e isso é o suficiente. Por décadas, ouvi críticas de que o som da guitarra estava alto demais ou que não era tão polido quanto o que se ouve no rádio. Mas qualquer som, seja alto, ácido, longo ou improvisado, tem o poder de mexer com as pessoas. Essa é uma reação à outra, àquelas que balançam a cabeça em sintonia. Como produtor, sinto-me orgulhoso de apresentar um show solo autêntico de heavy metal, baseado na obra do Sepultura. (mário pazcheco)