Música: O Melhor Presente de Todos (2025)
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★ Tauil — Márcia, Ana Clara e Ana Carolina ★ Camilla Haddad ★ Sérgio Dame & Salma Benício ★ Eliesér Lucena (bateria) ★ As quatro vozes de Débora Cristina, Andrea Aiko, Marizan Fontinele e Edlane.
Comemorando meus 61 anos de rock, história e resistência — de São Paulo para o DF
24 de Maio de 2025
Sempre me perguntam, meio na brincadeira:
— Vai ter mulher na festa?
E eu costumo responder no mesmo tom:
— Leva tua mãe, tua irmã, tua mulher... tá tudo certo.
Tem quem imagine que minhas festas são sinônimo de bagunça, excesso e loucura. Mas quem aparece percebe logo que não é bem assim. Até costumo convidar amigos de todos os jeitos — inclusive evangélicos — só pra verem que o clima é outro: é encontro, é música, é alegria.
É verdade que o tempo passou. Fiquei mais velho, barrigudo e, sim, desacelerei. A cabeça continua a mil, mas já não vejo mais tanta graça em certas coisas — o baseado, por exemplo, ficou lá no passado.
Sobre a festa de aniversário? Foi tranquila, bem mais sossegada, mas, como sempre, muito especial. Música boa nunca falta.
Em abril, teve aquela festa mais animada, cheia de energia. E em maio, uma reunião mais reservada, mérito todo da Marizan, que cuidou de cada detalhe. Hoje cedo, dei risada ao ver as sobras: pilhas de garrafas de refrigerante e um bolo enorme, branco, parecia até bolo de noiva.
Na saída da primeira festa, o Martinez se animou e soltou:
— Dá pra eu fazer meu aniversário aqui semana que vem?
Na hora respondi, rindo:
— Ah, Martinez... me poupe! Dá um trabalho danado organizar tudo isso.
Confesso que estava cansado, sensível, querendo só descansar... Mas, 49 dias depois, lá estava eu de novo, reunindo gente querida. E, claro, acumulando mais alguns boletos — porque celebrar também custa.
No fim das contas, é isso que importa: viver esses encontros, ouvir boa música, dar risada. E quer saber? Não precisa muito pra isso. Festa boa é simples — é só querer fazer.
★
A produção musical de Márcia Tauil transformou a noite em uma verdadeira noite de gala. Madrinha, só temos gratidão pela sua imensa generosidade e talento que iluminaram esse encontro.…
A hora e a vez de um felizardo
Acredito que o maior presente que podemos receber — e oferecer — seja a música, sempre presente em nossas vidas. Fiquei emocionado ao ver na agenda da cantora Márcia Tauil que ela havia reservado, exclusivamente, o dia 24 para estar conosco, cantando e tocando.
E, como presente extra nesse balaio de afetos, vieram também as vozes angelicais das Anas — Clara e Carolina Tauil. A voz da mãe é simplesmente inigualável. Mas as vozes das filhas não ficam atrás: a de Clara, a mais velha, tem mais peso e agilidade; já a de Carol é doce, suave, encantadora. Quando as três se juntam, o coração quase não aguenta — é bonito demais, algo profundamente familiar e tocante.
Por isso, momentos assim só acontecem nesses encontros especiais, que se tornam inesquecíveis.
★ ★ Resiliência beatlemaníaca: 18 anos de palco aberto e, até então, nunca um artista totalmente dedicado ao repertório dos Beatles havia se apresentado na casa. Foi a cantora e violonista Camilla Haddad quem realizou esse meu sonho. Guardiã da chama da beatlemania — eterna, viva e pulsante —, Camilla subiu ao palco e fez dois sets curtos, alternando dois violões: um de cordas de aço e outro de nylon. A apresentação aconteceu diante de uma plateia pequena, mas atenta, respeitosa e sensível ao intérprete.
★ ★ ★ O compositor, violonista e cantor Sérgio Dame era aguardado há algum tempo. Além de amigo do guitarrista Bleyvs, Sérgio também é professor de violão do Elvis, o Príncipe do Rock. No repertório, trouxe clássicos dos Novos Baianos e, dos Beatles, escolheu faixas mais acústicas, como You’ve Got to Hide Your Love Away e Blackbird. Sérgio se apresentou em formato solo e também ao lado de sua companheira, Salma Benício. Sabendo que valorizamos o repertório autoral, não deixou de fora algumas de suas próprias composições — uma mistura inteligente de ritmos brasileiros com pegada rock. Sua apresentação trouxe energia e animou o ambiente.
No Baile da Marcinha, Sérgio Dame vira praticamente o Chacrinha em pessoa.
★★★★
Eliesér Lucena é teatrólogo, escritor e dono de uma cuca fresca. Autor da peça “Cássia Rejane – Muito Mais que Eller”, ele transborda talentos — e eu já imaginava que isso também se estendia à bateria. No meio do espetáculo, lá estava ele, marcando o ritmo quente do rock nacional dos anos 80, enquanto Márcia Tauil conduzia no violão e na voz.
Karaokê: o vício de cantar em cada música
O Smule é um aplicativo de música que permite fazer duetos, seja com amigos, seja com usuários do mundo todo. No karaokê, ele colocou as vozes de Marizan, Débora, Andrea e Edlane no mesmo tom de alegria, diversão e pura adrenalina — porque, nesse jogo, o que vale é a descontração, a união e a vontade de brincar cantando.
Débora Cristina ficou muito feliz cada vez que veio cantar com a gente...
"24 de maio de 2025 — Uma noite pra guardar no coração. 61 voltas no sol e, mais uma vez, cercado de gente que faz a vida valer a pena. Gratidão imensa a cada abraço, cada riso, cada energia trocada. Que venham mais histórias, mais encontros e mais memórias. Porque viver é isso: somar afetos, celebrar resistências e seguir na estrada.
Ecos da Festa de Abril