CCDB: Comenta 'Os Mutantes e a Contracultura'

CCDB
Cláudio César Dias Baptista

 

Os Mutantes e a Contracultura: um contraponto

Eis minhas considerações enquanto leio: Os Mutantes e a Contracultura: um contraponto

Meus pensamentos e atos não se devem a um movimento alheio, nem a ideias em voga nos anos em que denominaram essas idéias de contracultura.

Não sou contra nem a favor de cultura alguma; simplesmente concordo ou discordo dos casos específicos que se me deparam. Se, no total, uma cultura se mostrar mais negativa que positiva, o resultado da soma e da interação dos meus pensamentos sobre ela podem me fazer contraindicá-la, mas sempre de forma positiva, procurando aproveitar o que possa ter de bom e mudar o rumo, sem necessariamente contrariá-la.

Alguém poderia chamar de ação contracultural o meu jeito de não me aliar a qualquer movimento; mas isso eu chamo de individualidade, de insubmissão, de rebeldia quando oportuna.

O deboche contra a música Chão de Estrelas foi mera imitação do que um conjunto norte-americano já fazia com canções daquele país.

Já afirmei que nunca fui tropicalista e também não me submeto a qualquer outro ismo.

Quanto à tecnocracia, enquanto "cracia", ou governo, não é o ideal. Porém, o mundo sem a tecnologia, os cientistas, os técnicos, seria muito pior do que é hoje. E se quer saber o que signinifica "pior" e "melhor", basta ler minha obra, Géa.
Ali apresento a "biorrelatividade" de meu personagem Clausar, e por meio desta se pode estabelecer uma escala de valores cósmica e também social.

Sobre misticismo, não participei de movimento algum. Misticismo é coisa pessoal, busca da Verdade para alcançá-la onde cada um pode: o interior de si próprio e em nenhum outro lugar - muito menos na associação a movimentos quaisquer, os quais, no máximo, podem oferecer técnicas e substâncias
propícias.

Os hippies eram ingênuos, porque se aproveitavam das condições criadas pela sociedade que negavam. Sem o suporte da sociedade e da ciência, que seria dos hippies e que tais? Sem o LSD, criado pela ciência? Sem os recursos de subsistência, gerados pela sociedade? Portanto, hippie também nunca fui.

Onde está escrito, no texto que gentilmente me ofertou para ler, "a presença de Rita Lee começou a ser depreciada pelos outros membros da banda", lembro que Mutante fui e ainda sou. Não haveria Mutantes sem CCDB - e também não sem Rita Lee. Jamais depreciei a presença de Rita.

Bom... li inteiro e agradeço novamente,  pela oportunidade de tomar conhecimento de mais essa tentativa de sedimentar a Arte Dinâmica dos Mutantes na Cultura, que por natureza é estática e
rotuladora. Abraço forte, do
Cláudio!

P.S.: No meu site www.ccdb.gea.nom.br -  as pessoas poderão, a partir de agora, ler on-line os meus livros todos, já que estou terminando  de subir os dois últimos e em seguida abrirei os links para a seção do site que os apresenta para leitura. Nesses livros está uma resposta antecipada (...) a essas tentativas e a quaisquer outras idéias que as pessoas tentem formar a meu respeito e ao de Nós, Mutantes.


Eduardo Kolody Bay*:
Resumo: Este artigo pretende elucidar alguns aspectos do movimento conhecido como Tropicalismo e sua relação com a contracultura, tomando por enfoque a participação do grupo musical Mutantes. Busca-se encontrar os elementos culturais e musicais que compuseram a intensa hibridação realizada por seus integrantes e as práticas adotadas por eles tanto na gravação dos fonogramas como na concretização das idéias da contracultura que se formava na época, da qual eram formadores e representantes.

*É mestrando em História pela UnB.

 

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