1995-99: Onde é que está o meu rock'n'roll?

Onde é que está o meu rock'n'roll?
Acerto de contas tardio

(dois anos na geladeira da gravadora como um presunto a ser revivido)


 Sonhos podem virar pesadelos 

No final dos anos 80, abandonando o ostracismo Arnaldo Baptista me passara suas músicas inéditas e partituras e letras e cadernos manuscritos. Nessa época - não me recordo direito como minha cabeça funcionava com álcool maconha, mas só de lembrar me dá arrepios.

Eu idolatrava "Rock'n'Roll" um disco de covers de John Lennon. Para mim, Phil Spector é o produtor e eu acreditava que musicalmente entendia os Beatles, além da música das esferas. Foi assim que surgiu "Onde É Que Está O Meu Rock'n'Roll?".

No jogo dos direitos autorais 

As músicas valiam ouro, além da disputa entre os autores, as músicas também eram disputadas pela gravadora Natasha que preparava o seu tributo sem bermudas e em Brasília, um escritório fazia contato pela liberação das mesmas e eu no fax do serviço argumentava. Concordo que era coisa de doido, só que eu sabia o que estava fazendo. Rênio Quintas experiente nestes assuntos me alertava...

Quando uma nota no Jornal do Brasil avisa das gravações do disco-tributo da Natasha. A nota esfria o ânimo de alguns participantes e eu sabia que o disco deles seria lançado antes do nosso. Sempre acreditei tanto no disco que nem estava preocupado.

Procurando  gravadora

Sem ser lançado nosso disco recebeu uma notinha na coluna do Ibrahim Sued n'O Globo! E eu fui mandando cassetes para selos independentes (que eu sabia serem incapazes de lançarem o CD) e um tal de Daniel na Virgin Records me disse, pra que estas bandinhas se nós temos o verdadeiro Arnaldo!?

Com o disco pronto. É na hora de assinar contrato que você conhece os profissionais com quem está trabalhando: sinceridade, honestidade e impessoalidade, talento e egolatria tudo showbizz.

A gravadora não havia fornecido nenhum adiantamento, e dois anos depois com o contrato assinado e o disco na geladeira, o 'diabo' do CD master some...

— Sinto muito. — Sem sinal, no disc. — Estou devendo muito...

Finalmente quando o disco foi lançado em outubro de 1999, eu estava sem telefone e nem acreditava, pedi que me mandassem uma cópia da capa via fax.

Detalhes de estúdio

Uma das coisas mais importantes dentro do estúdio é obter um excelente som de bateria, sem esse início a gravação está fadada ao fracasso. Outra mentira é o chavão 'na mesa de mixagem consertamos' e muitos 'músicos' caem nessa... No estúdio corrigi letras de música, emendei vocais, afinei a guitarra do senhor Gabriel Thomas e eliminei percussão e timbales de algumas faixas.

Nessa fase os arranjos e a produção de Bruno Wambier e Geraldo Ribeiro foram muito importantes me permitindo concluir mixagens além do tempo pago. Assim foi feito o disco de rock: comigo em pleno Setor Comercial Sul, estacionanado na vaga do bombeiro e subindo escadas para entregar um órgão ou pedindo emprestado um raro e sentimental bandolin para obter um acorde de poucos segundos.

Gente boa foram o Bizerrill, Giuliano da Low Dream, Jimi Figueiredo e o meu sócio e músico Felipe Caduco, o pessoal da Ligação Direta também não deu trabalho e as estrelas que assinaram contrato direto com a gravadora.

Piadas!

O disco estava fechando e apareceu uma banda nova como opção de fazer a última música. E eles disseram, — Não vamos entrar porque o Little Quail não vai participar. - na noite passada eu havia gravado eles; - fiquei seriamente comovido e nem me lembro o nome desses calhordas.

 

arnaldo_tributo

 

Na mídia

Entre as várias notas que saíram, a resenha em Brasília só tinha pecado pela má diagramação.

O que Sam disse

 
Arnaldo_tributoa

"Esse tributo do rock and roll brasileiro ao ex-Mutante Arnaldo Baptista tem seus altos e baixos... O repertório inclui material dos dias de Arnaldo no Mutantes e também de sua carreira solo. As bandas são muito diversas, variando de estilo roqueiro à la Pat Travers (Nata Violeta, Ligação Direta) ao rock espacial, grindcore, clones do Green Day, tipos gótico sem capacidade de variação; para ser honesto, não é um grande álbum. Mas você pode perceber que o rock brasileiro é o equivalente a zilhões de bandas dos anos 80 que compuseram o rock pós punk quando ainda tachavam de "college". Também, Arnaldo não era um compositor coerente, então qualquer um poderia seguir essa linha. Algumas dessas canções deixaram suas marcas, outras não; mas para o fã mais radical de Mutantes, esse tributo tem seus méritos". (Tradução: Révero Frank).

 

Satisfação encontrar o tributo nos blogs para ser baixado 
(Mário Pazcheco, mentor, agente cultural e sofredor do agir)

01. Madman's Lullaby
02. Sexy Sua 
03.
Onde É Que Está O Meu Rock'n'Roll? 
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