Warhorse – O Hard Prog Esquecido do Catálogo Vertigo (2025)

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🐎 Warhorse – O Hard Prog Esquecido do Catálogo Vertigo

Quando se fala no catálogo lendário da Vertigo Records — aquele das capas em espiral hipnótica que marcaram os anos 70 — nomes como Black Sabbath, Gentle Giant ou Colosseum logo vêm à mente. Mas escondida entre essas joias, havia uma banda que carregava pedigree e potencial: Warhorse, liderada pelo baixista Nick Simper, ex-integrante da formação original do Deep Purple.


🎸 Origem: das cinzas do Purple

Em 1969, após ser substituído por Roger Glover no Deep Purple, Nick Simper decidiu fundar seu próprio projeto. Assim nasceu o Warhorse, com uma proposta de unir o peso do hard rock ao refinamento do progressivo — uma fórmula que estava em ebulição no Reino Unido do início dos anos 70.

Formação inicial

  • Nick Simper – baixo

  • Ashley Holt – vocais

  • Ged Peck – guitarra

  • Frank Wilson – teclados

  • Mac Poole – bateria


💿 Warhorse (1970)

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O disco de estreia saiu em 1970 pela Vertigo, com capa criada por Marcus Keef, o mesmo responsável pela estreia do Black Sabbath. O som do álbum é pesado, direto, com faixas como “Vulture Blood” e “St. Louis” (cover de Easybeats) mostrando o flerte entre o hard e o proto-metal.

Embora não tenha alcançado as paradas, o disco é hoje considerado cult, típico do “swirl label” da Vertigo, valorizado por colecionadores.

Aqui está a icônica capa do álbum de estreia Warhorse (1970), pela lendária gravadora Vertigo — aquela famosa com arte psicodélica em espiral “swirl”. A ilustração, rica em tonalidades terrosas, retrata um cavalo sobre fundo claro, em um estilo bastante expressivo e emblemático da época — um trabalho de Marcus Keef, responsável também por capas memoráveis como a estreia do Black Sabbath Consultoria do Rockvertigoswirl.com.
A arte gráfica é complementada por Sandy Field, que cuidou dos elementos visuais, além da fotografia criativa de Keef vertigoswirl.comDiscogs.


🌊 Red Sea (1972)

Dois anos depois veio o segundo álbum, “Red Sea”, lançado ainda pela Vertigo. Aqui a sonoridade ficou mais ousada, com incursões progressivas em faixas como “Red Sea” e “Sybil”, enquanto outras mantinham o peso, lembrando Uriah Heep e Atomic Rooster.

No entanto, o cenário musical estava saturado de novas bandas, e o Warhorse não conseguiu se destacar comercialmente. Pouco depois, mudanças na formação levaram ao fim do grupo em 1974.


🔗 Conexões e heranças

Apesar da curta trajetória, os integrantes seguiram caminhos notáveis:

  • Ashley Holt e o baterista Barney James juntaram-se ao tecladista Rick Wakeman em sua fase solo, participando de obras conceituais como Journey to the Centre of the Earth.

  • Nick Simper manteve projetos ligados ao rock clássico, mas o Warhorse permaneceu como sua grande tentativa de rivalizar com o Deep Purple no início dos anos 70.


🎧 Por que ouvir hoje?

O Warhorse representa bem a aura do catálogo Vertigo: bandas ousadas, muitas vezes ignoradas pelo grande público, mas que deixaram discos cheios de energia e criatividade.
Os dois álbuns são verdadeiras cápsulas do tempo — mistura de hard rock cru com arranjos progressivos, típicos da era em que tudo parecia possível no rock britânico.


👉 Para quem gosta de explorar o lado B do rock setentista, Warhorse é parada obrigatória. Mais que uma curiosidade de colecionador, é um registro da transição entre o hard pesado e a ambição progressiva que definiu uma geração.

💿 Warhorse – Os Relançamentos Póstumos em CD e Suas Joias Escondidas

Se nos anos 70 o Warhorse passou praticamente despercebido pelo grande público, nos anos 90 e 2000 a história começou a mudar. Com o revival do rock progressivo obscuro e o culto em torno do catálogo Vertigo swirl, colecionadores e selos especializados trouxeram de volta à vida os dois discos do grupo — agora em CD, com faixas bônus que revelam novas camadas da banda.


📀 Warhorse (1970) – Edições em CD

O álbum de estreia, lançado originalmente pela Vertigo, ganhou várias reedições em CD:

  • Repertoire Records (1993) – primeira edição decente em CD, já trazendo algumas bonus tracks.

  • Angel Air Records (1997) – expandida, com raridades de estúdio e registros ao vivo.

Bonus Tracks

Entre os destaques estão:

  • “Miss Jane” – single raro de 1971, com clima mais direto e radiofônico.

  • “Solitude” – lado B, que nunca havia saído em álbum, mostrando o lado mais melódico da banda.

  • Registros ao vivo em 1971, captando a energia crua que os aproximava do Deep Purple.

Esses extras dão a dimensão do Warhorse como uma banda que sabia ser pesada e experimental ao mesmo tempo, mesmo sem apoio massivo da gravadora.


📀 Red Sea (1972) – Edições em CD

O segundo disco, mais maduro e progressivo, também foi reeditado em CD com material adicional.

  • Repertoire Records (1993 e 1999) – trouxe novas masterizações e faixas bônus.

  • Angel Air Records (2001) – a edição mais completa, com várias demos e takes alternativos.

Bonus Tracks

  • “She Was My Friend” – demo inédita que revela uma veia quase bluesy do grupo.

  • “Gypsy Dancer” – registro cru, cheio de groove, mostrando que a banda também podia soar próxima do funk rock setentista.

  • Ensaio de 1972 – gravações de estúdio que deixam claro o caminho que Warhorse poderia ter seguido se tivesse sobrevivido à turbulência do mercado.


📀 Compilações e Antologias

Além dos álbuns principais, selos como Angel Air lançaram coletâneas póstumas, como Outbreak of Hostilities (1991), que reúne faixas alternativas, e Lost & Found (1997), que garimpa gravações nunca aproveitadas oficialmente.

Essas coletâneas ajudam a mostrar a evolução da banda e trazem curiosidades para fãs de Deep Purple, já que o trabalho de Nick Simper aqui soa como sua “resposta pessoal” ao caminho tomado pelo Purple Mark II.


🎧 Por que esses relançamentos são importantes?

  1. Contexto histórico – resgatam uma banda que poderia ter disputado espaço com Uriah Heep e Atomic Rooster.

  2. Material rarobonus tracks revelam a versatilidade do grupo além dos dois álbuns oficiais.

  3. Cult status – o selo Vertigo já era cult, mas as reedições em CD ajudaram a consolidar o Warhorse como uma gema obscura do hard prog britânico.

  4. Som renovado – masterizações modernas melhoraram a audição de faixas que, em vinil original, eram quase inalcançáveis pelo preço altíssimo.


📝 Conclusão

Os relançamentos em CD com faixas bônus transformaram o Warhorse de uma nota de rodapé da história do rock para um nome cult entre colecionadores e fãs de prog/hard setentista.
Se você só conhece os clássicos consagrados da Vertigo — Black Sabbath, Gentle Giant, Colosseum — mergulhar nesses CDs do Warhorse é encontrar uma banda com pegada, ambição e alma.

👉 E, para os completistas, vale a busca pelas edições da Angel Air, que reúnem praticamente tudo o que a banda registrou em estúdio e ao vivo.

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