41 ANOS DEPOIS (1982-2023)

#DoProprioBolso 1982 / 2023

30 DE DEZEMBRO DE 2022 – Em MAIO DE 2022. Horácio, o técnico de som, logo de saída disse ao guitarrista que não ligava o seu violão em amplificador Meteoro. E que não usava caixa da marca Voxtron e ainda apontou que o tweeter da caixa mais potente estava queimado. Mudou o som da churrasqueira para dentro de casa. Dentro de casa, queria mudar o palco. – Maluco, o palco pesa mais de 50 quilos, se quiser mudar e montar a bateria, o problema é seu. Dei-lhe as costas. Nesse dia, os microfones falharam, tudo caminhava para o caos.

Era uma coisa de sangue. Horácio foi embora e o som desamarrou.

A Banda Mais Lama fez um dos shows mais violentos de sua carreira. Não deixaram pedra sobre pedra. Passaram-se sete meses e o som encostado. Hoje, o leal DJ Calebe colocou o circo para funcionar: trocou cabos, ligou a mesa e acertou as frequências. O som batia na parede e voltava. Era alto, agradável. O suficiente para se ouvir, sem pirotecnias.

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Mano Dábliu faz um som que é a ópera macumba em um país tropical, em dia de festança. Durante a sua intervenção, só pensei na minha filha. É o tipo de som que ela curte e que passava ao longe da casa. Mas agora será Mutandis mutandis. Durante a apresentação de Mano Dábliu, o próprio rapper teve a felicidade de saber que foi indicado em três categorias do Prêmio Profissionais da Música

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Dudu traga a Banda Mais Lama e o meu primo

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– Procurado! A guitarra de Blavis metralhou as bases 
– bumbo caixa e chimbal ou o profissional do pincel na baqueta

– Zedson queria projetar um audiovisual. - Hoje não. Só a tua presença importa.
– Souves não tocou, porém jogou nas mãos dois gibis! Fiquei maluco!

Sob a luz do questionamento sobre a imagem, gera uma sombra de desconforto. Não é de praxe dirigir contra a parede.
Me manifesto sem rodeios. Conforto é um rápido desabafo no whatsapp com um amigo de longa data. Alertas não faltaram, pois sempre procuram uma cabeça para coroar.
Mudar a situação do gênero em quê?
Reclamar do quê?
Agir representa movimento, deslocação, exposição: mostar a que veio. “Um objeto só pode atingir o repouso se a força que atua sobre ele deixar de agir.”. As flechas ligeiras foram mais rápidas do que os caubóis.
– Qual é a música? Que vício de ganhar dinheiro é esse? Agem como os poderosos que faturam horrores.
– Porque isso é bom. Galantes falas.
O vício pode prejudicar a mim mesmo.
Me contorço no cartão de crédito Carrefour, espremendo uma bisnaga de creme cozido de presunto, para passa rno pão. Mato a nossa sede e mando para o mato a fome folclórica.
Na sexta-feira, contei seis sabores de álcool, doses sorvidas com paciência sob o mais alto rap tocado. De tocaia ouvia feliz, pois era música brasileira de protesto com a fala do povo. Era periferia, era favela e a necessidade de escoar sentimentos, gentileza. Desobediência civil para obter cidadania: Pra quem já mordeu um cachorro por comida...
Rimas e batidas eram atualíssimas e apontavam para a estagnação. E a alienação intelectual de quem ouvia. Aquilo era bruto e trazia à tona, sonhos e desejos. Era música nua e nova e potente. Sem os vícios d amassificação do rock’n’roll pix.
Conversaram comigo sobre DJs e suas camadas. Eu pensava na expansão incontrolada do conceito de hediondez no sistema penal e a expansão urbana incontrolada. E a nossa inércia.
Da idade madura deles em luta por tudo que abandonamos quando conseguimos a estabilidade.
O discurso era: Que comeremos? Que beberemos? Que viveremos?

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