17 Anos de Jornada Musical: Uma Trajetória Inspiradora (2007-2014)

Ao Vivo Na sede Do Próprio Bol$o:

My Bloody Vision / Walter Muganga / Nave Estelar / Barbarella B exper barbarellaEm abril de 2024, celebraremos o 17º aniversário do nosso projeto musical, que começou em casa e se transformou em uma proposta aberta a interessados. Ao longo desse período, o espaço testemunhou uma participação ativa, promovendo a democratização e superando desafios sem perder a vibrante essência musical que o caracteriza.

Desde o início, ficou claro que nosso espaço não se destinava ao hard rock, punk ou heavy metal, e a possibilidade de explorar o rock paulista, mineiro ou carioca era bastante remota. Decidimos, então, nomear a música gerada nesse espaço como "Música Livre de Brasília". E assim aconteceu.

Ontem 13 de janeiro de 2024, os músicos jovens entusiastas dedicaram-me a performance de "Oh! Darling" e encerraram o show com "Ainda é cedo" ("porque todos na banda conhecem Renato Russo"). Mais uma vez, outra marca nossa estava presente: músicos experientes da cena blues de Brasília, e grupos do nosso meio, destinados a um público mais maduro.

O que fazemos é rock de Brasília sem levantar bandeiras. Nossas influências vêm mais de Velvet Underground e Ronnie Von do que dos Beatles e Rolling Stones. Às vezes, a música fica contida como um par de sapatos numa caixa, e é preciso soltar os cordões para desfrutar do calçado.

Muitos de nós nos perdemos em uma névoa de álcool, outros excessos e ego desmedido. Ontem, ao retornar ao nosso playground musical, parecia que estávamos tocando músicas leves enquanto nossos filhos corriam ao redor da casa.

Neste momento, expresso minha gratidão aos dois Robsons o da guitarra e o outro da bateria, à Muganga e à thewhobens, nosso baterista elétrico. Como último pedido, convido os DJs a incluírem em suas playlists músicas de bandas como Love and Rockets/Roxy Music – algo solar, agradável e reconhecível para todos.

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My Bloody Vision - Discurso de pai

Ainda não tenho certeza se a visão intensa deles é também uma perspectiva sarcástica. Espero que eles se esforcem ao máximo e que esta apresentação tenha sido mais um alicerce crucial na base da banda adolescente. Atualmente, as pessoas nascem comprometidas, e espero que os jovens consigam conciliar seus compromissos "precoces" com as exigências desafiadoras da vida profissional e artística. Se estiverem buscando proporcionar um toque de diversão, foi certamente divertido. No entanto, o caminho à frente oferece muitas lições e anos de dedicação em sua jornada. Sejam resilientes.

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Walter Muganga - Talento à mostra

Walter Muganga é um sujeito perspicaz e temperamental. Dele, fluem rios de talento, alimentados por pequenas mágoas. O diferencial do guitarrista de blues Walter Muganga é sua habilidade em desvendar mistérios ao seu redor sem se deixar deslumbrar. Ele se une a músicos que o auxiliam na construção de um repertório próprio, onde as raízes dos ritmos nordestinos marcam a cadência de seus novos blues autorais. Como uma dupla de guitarras, alternam-se entre bases e solos pentatônicos. A cozinha formada por contrabaixo e bateria destaca o sotaque que o guitarrista e cantor tanto procura, criando um blues com uma linguagem própria, para além do corporal.

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Nave Estelar: Muito Altos

A Nave Estelar representa uma banda de amigos, o que implica que conhecemos suas raízes, embora desconheçamos as alturas que a nave pode atingir dentro da constelação de artistas. O DJ e baterista Thewhobens é um sujeito engraçado, conhecido por dizer coisas como "nunca peça a um DJ para tocar músicas de gosto pessoal". Então, seguimos o gosto pessoal de Thewhobens, que começa com uma abordagem macabra e psicodélica, conectando-se às guitarras distorcidas de Os Mutantes.

Essa catarse, apresentando em alto volume os clássicos da Tropicália, ressurge no trabalho da Nave Estelar, que audaciosamente mergulha no píncaro psicodélico das canções de Ronnie Von e Lou Reed. A experiência até lembrava um "trem fantasma". Para os apreciadores do psicodelismo, estávamos "nas alturas" com a performance da banda.

Barbarella B: Expiação

O Barbarella B estava desprovido de órgão e da segunda guitarra; seu voo foi experimental, e mesmo assim, eles se apropriaram da expressão "ensaio aberto" para desafiar os ouvidos dos presentes. Era um ensaio e um esboço de canções pioneiras, distorcidas e novamente cruas, apresentadas ao vivo com o ataque avassalador do baterista, que martelou incansavelmente nos pratos e peles. Foi uma espécie de expiação, revelando o outro lado do artista. E o melhor de tudo, uma apresentação que por muito tempo não será reprisada.

MEMÓRIA

STONER BABE PERDE MAGUIM

 

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