Logotipo  William “Mancha”

 

 

10 de abril de 1982 = 32 anos do lançamento de um dos primeiros fanzines de rock de Brasília

(Esta data provoca em mim intensa euforia e nostalgia e vontade de repetir tudo de novo, de passar tudo de novo, de reviver as primeiras experiências com textos, colagens e obter um espaço fora de casa, da quadra e da satélite.)

A pérola se chamava OLDIES BUT GOLDIES  e era dedicado aos Beatles que sempre seriam a atração fixa!

Pertencíamos à Segunda dentição da Beatlemania e última comunidade hippie urbana do Planalto Central, diletos herdeiros da fazenda Guariroba.

Havia quatro anos que insistentemente tentávamos espantar o marasmo local tocando nossos discos LP’s de rock'n'roll Jo Jo Gune e altamente influenciados pela lisérgia dos Monkees e realizando festas.

Nosso agrupamento se chamava UVA que vinha a ser nome de um time de futebol da QE 08 no Guará I nos idos de 1971... Para os jogadores deste time eles eram a  ‘União dos Vagabundos Aposentados’...

A UVA, um segmento adolescente ligado a muita vibração juvenil e altamente revolucionária, altamente inspirada por diversas influências que vinham de Minas Gerais, norte de Goiás e interior de São Paulo e a própria Brasília.

Muito diferente de qualquer cidade industrial ou litorânea.

 

Em Brasília, os jovens estudavam ou trabalhavam e nós numa intensa alegria irresponsável dos 14 anos até os 18 anos... Só conseguiríamos emprego aos 21 anos – até aí o negócio era rock’n’roll, nada de carteira de trabalho assinada ou faculdade.

 

Reconhecidamente execrados: a foto é do Jornal de Brasília; a matéria abaixo do Correio Braziliense
Foto: Marcio Di Pietro

Saudosistas

“Estes jovens estão sendo dirigidos pelo sistema e não olharam atentamente o que está acontecendo a sua volta. São saudosistas e saudosistas de um tempo que não viveram, o que representa uma atitude cômoda e sem qualquer perspectiva individual e coletiva” (Rogério Costa).

Já Ary Pará-raios e Euripedes Gomes da Silva concordaram plenamente com os jovens que vivem cultuando os Beatles, pois eles foram muito especiais, além de acharem perfeitamente normal que eles sintam a falta de um ex-Beatle.

9 de dezembro de 1982, no Correio Braziliense

O terrível é que está geração perdida combatida é que seria a responsável pelo resgate cultural dos ideais destes diretores de cinema e de teatro e colocaríamos Brasília no mapa da cultura do Brasil.

A revolução só começaria quando os jornais a estampassem: eu inspirado em Lennon pedi a cabeça do presidente ianque Ronald Reagan: “se explodir uma bomba atômica, se Reagan morrer, isto não importa. Apenas o presente, mulheres, rock e bebida que são coisas importantes”.

É claro que a frase falou muito mais alto na minha casa. Foi a segunda vez no jornal e era legal ser ridicularizado, mas nos 30 anos seguintes estaríamos ali cuspindo veneno e soltando fumaça na cara dos caretas.

A suprema invenção do trabalho do prórpio bol$o,   primeiramente origina-se nas festas do Cavern Club, no fanzine Yelllow Submarine (RJ) e nas publicações do Fã-Clube Revolution de quem até hoje troco telefonemas e emails.

Ao ver uma foto emoldurada por microfone pedestal banda salão baile gente tocando, a imagem mexia com a minha imaginação:  quando será que conseguiremos repetir isto? Era o meu pesadelo!

Sindicato do Reggae ... O primeiro movimento do reggae surgido em Brasilia no final dos anos 70!

 

UVA: celeiro de artistas e craques de futebol

Extremo: rock made in Guará fã de Joe Perry Project e MC5