a odisseia d aloucura (2023)
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o que faz um editor será trabalho?
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Como dizem os franceses,‘Traga-me sua mãe, para que eu possa fazer você de novo!
O editor sai, fotografa, conversa, gasta e vive e de vez em quando revê amigos. Nunca vai aos shows dos amigos, devido ao cansaço e ao horário. Oportunamente, ele aparece nos shows em que colabora na produção. Sempre o papo rolará sobre cultura no whatsapp ou na vida real. É estafante. Entediante como ler jornal.
O editor triangula fatos e reúne sinais. Não que ele vá falar sobre os óvnis que habitam os céus dos continentes e que geram uma expectativa. Falar sobre o passado, mas com sabor de vitória e de reconhecimento de fatos que começaram em 1974, na Coluna 'Cultura Própria' no Jornal Do Guará. Ele compra mais discos do que roupas quando pode. Ele não é remunerado. O passado é artífico para rever o presente e quem sabe enxergar o futuro.
pauta?
– 50 anos de AeoZ (Mutantes);
– atender ao pedido de um leitor que cobra mais textos autorias. É um estorvo quando se tem ao alcance tantos e tão bons textos sobre música;
– publicar 3/4 traduções importantes e vitais, por semana é a grade atual;
– disponho agora de achincalhes recolhidos ao longo da experiencia talvez deprimente, talvez divertido e idiota.
Ir para programa de índio sem levar arco e flecha?
Fogaça era o artista plástico do momento, uma quase celebridade com nome no jornal e em programas sociais. Prazenteado, elogiado, defumado, adulado, bajulado, lisonjeado, chaleirado. Fogaça era a atração esperada para uma festa mais social, mas nem por isso menos selvagem e sebosa. Só que o mangaça do Fogaça, bebia mais do que o seu carro esporte e ainda mais que pintor de paredes. O estacionar do carro me despertou a atenção e fui recebê-lo. Porra! No banco de trás, um jovem desconhecido e bêbado e apagado.
– Pode tirar, pode tirar. Leva ele embora daqui. Bon Scott morreu assim. Leve ele para casa dele ou para o hospital! Aquele meu piti, meio que chocou Fogaça que foi embora e nunca mais voltou. – E o Fogaça, Mário? – Tá de ressaca! Depois vieram me falar que ele parou de beber. – Eu sei. Fui eu que ajudei. Rock'n'Roll vendemos nossas almas bem baratinho.
A insanidade é o prato principal de qualquer aventura: ‘um mundo que se recicla no caos’
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O que seria do mundo se não existissem pessoas como Tiberius Rockin' Fuça amigo desde o INÍCIO DOS ANOS 80, afamado produtor dono de buteco e doido. Uma única vez chegou lá casa em duas motos e três caras, o terceiro do trio tava bêbado como uma vaca. Que risco transportar um cara destes na garupa. O show era do meu aniversário de 57 anos (na maior das durezas). Era uma noite cintilante e Iris Gris dedilhava o seu piano branco frente a fogueira. Blavis tocou guitarra com garra e eles fizeram uma jam de Imagine’. Tiberius, o viking foi saindo pela culatra na surdida. – Hey Malandro, o camarada bêbado é problema teu. O leve daqui e rápido. Diante da pegada firme, Tiberius esboçou uma cara de contrariado e se arrancou com o cara grudado às suas costas. Devem ter ido curtir um rolê com mais muvuca. Do meu lado, pude curtir o show da Mais Lama. Será que nunca vai rolar um rock sem estresse?
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Então, o Moloque era meio comediante, tirava sarro dos camaradas mais velhos e experientes. O Moleque sacava do bolso um baseadinho vietnamita com bosta de escorpião se achando...a. Fazia cara de satisfação e devoção. Se entregava à marola, explodia os pulmões. Um dia teve um pitiripaco súbito e apagou! Problema na válvula do coração. Foi o que me contaram. Para limpar a barra, colocou a culpa nos amigos, – Foram uns caras do Facebook que me deram.... Eu disse: – Deixa o pai dele ligar aqui, que perguntarei, – O senhor não sabe com quem o seu filho anda e o que faz?