OS BEATLES COMEÇARAM TUDO POR NÓS" (MICHAEL NESMITH)
- Details
- Hits: 1244
1976
Em 1976, ano do Bicentenário dos Estados Unidos, onde ocorriam os melhores shows do globo. Foi quando na França, lançaram uma série de 26 compactos dos Beatles. No dia do meu aniversário, Lourdes, minha mãe me dava grana suficiente para comprar um.
1977 – 24 de Abril
Eu queria muito ter ido ao show dos Mutantes, e ninguém me levou, não aconteceu o milagre.
HAPPENING NA AABB
Não sou dos mais ardorosos admiradores dos Mutantes pelo menos nesta sua versão 77. Dos Mutantes do tempo da Tropicália de Arnaldo Baptista, Serginho Dias e Rita Lee, este sim, eu gostava. O que não se pode esconder porém éa popularidade do grupo entre a garotada.
Domingo no Ginásio da AABB isso ficou mais que comprovado. Não me lembro de uma apresentação de qualquer artista (ou grupo) em Brasília que tenha conseguido mexer tanto com o público. Do início ao fim do espetáculo, o Ginásio inteiro dançava. Nas arquibancadas, nas galerias,na quadra a meninada botava os bicho pra fora dançando freneticamente.
Primeiro os Mutantes fizeram um show particular cantando e tocando músicas do seu último disco e algumas composições novas. A segunda parte do show seria com o Terço, mas como Sérgio Hinds momentos antes teve ser atendido às pressas no hospital febre altíssima, o pessoal não pode curtir o som do conjunto carioca isoladamente.
Mas aí veio a última parte, Mutantes e Terço (sem Sérgio Hinds) se reunriam para relembrar, homenagear os Beatles. Histeria coletiva. Uma loucura como observou uma menininha (destas que os mais novinhos chamam de gatinha) que ao meu lado dançava sem parar.
Atacando de “She Loves You”, “Day Tripper”, “Yesterday”, “Help!”, “Get Back”, “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts CB” e outros grandes sucessos dos Cavaleiros de Sua Majestade, os Mutantes e o Terço fizeram o Ginásio da AABB viver um autêntico happening. O final apoteótico, com todo mundo cantando, dançando, batendo palmas, assoviando gritando e se manifestando de outras maneiras menos convencionais aconteceu com os dos grupos atacando de “Hey Jude” uma das composições mais bonitas dos Beatles. Valeu a pena ter ido a AABB para ver Como Nos Bons Tempos. (IRLAM ROCHA LIMA).
Como Nos Bons Tempos – espetáculo musical com Os Mutantes & O Terço, no Ginásio da AABB
Pesquisa histórica de Marcelo Lafaro – Correio Braziliense 26 de abril de 1977
1978
Os japonêses são de uma série do mesmo ano 1976, que a gente espera conseguir mais alguns por um preço subsidiado pelo Facebook.
Em 1978, não satisfeita em relançar o LP The Beatles in Hamburg, a Polygram francesa, inglesa e japonesa colocaram no mercado compactos retirados do LP gravado em 1961 as fotos que aparecem na capa são históricas. Este lote veio das mãos do autor de livros dos Beatles, Ricardo Pugialli: "sei que estarão em boas mãos!"
1979
Em 1979, essa era a maior influência para uma banda de rock para meninos de 15 anos – não havia Kiss e nem rock progressivo, mas Black Sabbath e Led Zeppelin agradavam também...
Os Monkees eram mais próximos de nós do que os Beatles.
Eles tinham a própria série na TV em plenos anos 70!
Enquanto o mundo comemorava a primeira década do festival de Woodstock (1969). Nós ainda estudantes andávamos em bandos de 4 e ainda não havíamos montado nenhuma banda.
Espelhávamos na imagem colorida e turva do tubo de tevê.
Zanzava pela casa de Ismael 'Lennon', pois lá pelas 19 horas, eles assistiam à série que colidia com o horário da novela.
Queríamos ser chamados por David, Micky, Mike e Peter. Peter era para quem era mais alto e mais magro. Em pleno sol seco e escaldante do Centro-Oeste, usávamos tocas de lã e símbolos de super-heróis nas camisetas baratas que na primeira lavada encolhiam. Havia muito a face de Cristo nas camisetas e panfletos de alertas contra as terríveis drogas. Perto de hoje, o mundo descansava em paz.
“Paperback Believer”
1981
Inventei o personagem LenMac, no dia em que ouvi Rubber Soul e fiquei com a impressão de que os Beatles imitavam os Monkees. Tempos passados, um dia de lazer, chegou um cara desconhecido e estranho que disse que estava a par desse movimento Lemac (Legalização da Maconha), fiz de conta que o assunto não era comigo – naqueles idos você não sabia distinguir Syd Barrett de um dedo-duro – nesse envelope de 30 de junho de 1981, recebi a correspondência do fã-clube carioca, Yellow Submarine com essa alcunha e logo percebi que se adotasse os nomes de heróis, eu não seria ninguém aí virei Magrinho Podre, Zé do Cão etc a coisa só deu certo quando o numerólogo disse: De agora em diante serás Pazcheco! Com Z!" E, a mandinga foi feita. Quanto ao zine-gigante do Yellow Submarine foi o que inspirou os meus zines vindouros, sempre com uma mão na roda e outra no Do Próprio Bol$o, fortes emoções saradas.
1984
Nesses idos, a vida era mais dura. Ontem, me lembrei disso quando folheava o zine-tabloide Contracorrente, vi como as coisas eram difíceis, mas havia aquele fogo da juventude. Esses são os 3 números que faltam na minha coleção insignificante de memorabilia dos Beatles. Eles nadavam na grana e até nos ajudavam com uma cesta básica, não posso reclamar deles, mas jamais me jogaram na mão uns cobres para comprar revistas. É por isso que escondo deles a quantidade que descolei de coisas durante a vida toda. É por isso se alguém vir me falar de mostra, eu retruco na hora, mostre a sua mostra. Você não sabe, joguei na mão de Reginaldo Coxinha uns plays do Kiss e ele me jogou nas mãos matérias de revistas da Manchete dos anos 60 que pertenciam ao avô dele e que ele ia rasgando as páginas e levando LPs do Kiss, pelos menos estes LPs deles serviram para isso. Você também não sabe que o cara que outro dia. me ligou sobre mostra, eu joguei uns LPs de rock na mão dele e ele me deu alguns de Aguinaldo Timóteo, e eles viraram presentes, só não entendo que eu na dureza extrema podia presentear as pessoas com LPs raros e novos do bardo Timóteo e eles jamais podiam me dar um troco para um tênis ou revistas.
1985 – UM INSIGHT
Desconhecia o que era fechamento de jornal e espaço, acreditávamos que merecíamos sempre um espaço maior. Com o tempo, fomos aprendendo, e hoje qualquer espaço é legal. Quando publicaram essa coluna no Correio Braziliense, eu vi que o texto era bom e que tinha futuro e que eu estava na direção certa. O problema é que eu tinha cansado de escrever sobre os Beatles e nunca mais o fiz.
2001 – 29 de Novembro
MORRE AOS 58 ANOS O EX-BEATLE GEORGE HARRISON
2005 – 14 de Janeiro
"JOHN LENNON QUASE DESISTIU DE TOCAR"
29 de Janeiro
ERIC GRIFFITHS, WHEN I'M SIXTY FOURERIC GRIFFITHS, WHEN I'M SIXTY FOUR
8 de Fevereiro
BILLY PRESTON VAI LIDERAR HOMENAGEM A RAY CHARLES NO GRAMMY
2006
6 de Junho
MORREU BILLY PRESTON, O 5º BEATLE
2007 – Abril
O tempo voa, os Beatles permanecem – foto: Ivaldo Cavalcante
2013 - 11 de Novembro
2017 – 24 de Março
PETE SHOTTON DIES AT THE AGE OF 75
2018 – 25 de Maio
RELÍQUIAS DOS BEATLES + “YELLOW SUBMARINE”, DOS BEATLES, GANHA VERSÃO GRAFIC NOVEL
26 de Outubro
INTO THE 'FAB FOUR EXPERIENCE' ON BRASÍLIA!
4 de Novembro – nada como começar o dia arrepiado:
26 de novembro
Um pássaro preto no tronco da minhoca afia o bico, e como eu não sei o seu nome, o chamarei de anu-preto, mas ele é colorido. O lance é Help! De nostalgia dos Beatles, da paródia, de pedir Help! em 1965! A situação não é boa, não é cômoda. É apreensão. Quem sabe a gente tome cerveja como gente grande e engendre um rock'n'roll bem chinelo rastafári – as produções azeitadas – a volta do filme do ano – imagine um rock com o que tem e vamos usar porque ainda temos; temos contas a pagar pra caraí. O futebol tem campeão aqui, lá na Argentina não. O jornal político publica as mesmas matérias políticas das eleições antepassadas: as mesmas indicações e setas e retornos. Cê tá a fim?, vamos ou aquele frase de L&Mc: Don't you know that you can count me OUT.
2019 – 19 de março
Acho que o single do "She's a Woman" é de 1981 – geralmente vou às feiras na procura suculenta por itens dos Beatles. Hoje, consegui estes dois compactos e os dois primeiros LPs do Ringo, sendo o segundo Beaucoups of Blues, uma rara tiragem brasileira em mono
29 de Março
Na loja, Música Urbana/João Pessoa/PB, os livros de rock estavam mais baratos e satisfação foi encontrar um exemplar da inglesa Beatles Monthly Book de 1988. No campo dos CDS, o desaparecido Live at BBC e dois solos raros de Wayne Kramer.
Bolachas da Oliver Discos – João Pessoa-PB
No canto, um autêntico Meet the Beatles de janeiro de 1964, que deve ter passado pelas mãos daquelas fãs americanas histéricas. O que disco atravessou o Atlântico, quase não sobreviveu ao voo para o DF. Na direita, Out of our heads para os meus ouvidos um disco desaparecido há 40 anos, a edição brasileira original mono. Detalhe: suspeito que esse disco foi prensando nos Estados Unidos com selo brasileiro. E o álbum duplo "Não faça prisioneiros" que é um ao vivo de Lou Reed com uma capa maravilhosa que abre os olhos para reinterpretações. Tempos atrás fizemos a capa de um fanzine punk tendo lixeiras como fundo – passei décadas acho que aquilo não era punk, quando vi essa capa – me redimi nosso desenho era tão punk quanto este só que o lixo de New York é mais dourado
17 de Junho
Starline foi o nome escolhido para a série de relançamento de compactos dos Beatles em 45 RPM pela Capitol ainda nos anos 60, eles tinham o selo verde-branco (impossíveis de serem achados além das páginas dos livros especializados). Essas reedições clássicas da Capitol trazendo os originais em mono foram novamente relançados em selo vermelho, 1976/78, e nos 80s, em 1981 com o selo azul claro, em 1983 com selo rainbow e finalmente em 1988 com o selo púrpura da Capitol – esses são os doces motivos porque não irei ao show do Made in Brazil na quarta-feira – sou dependente vinílico.
10 de julho
Tava de mau-humor porque quem nem estava indo trabalhar direito – os homens da portaria, perguntaram: – São os Correio? – Não!
Na Paraíba, em João Pessoa, Jadicele me levou num sebo, lá encontrei uma revistinha Beatles Book e paguei 10 reais!, pela edição de abril de 1998, o preço mais barato do hemisfério, meus olhos soltaram fogo.
No domingo, eu pirei encontrei, 17 revistinhas originais dos anos 60! Comprei na hora! Até agora nada de mandarem o número da encomenda, ainda está no prazo. O problema é que se você ligar, aí é que eles se sentem ofendidos e podem té cancelar a venda. E pra sabotar saiu nas notícias, o golpe da falsa venda no Mercado Livre, aí é que pirei – por isso enquanto monitorava o e-mail, fiquei postando tragédias cômicas e obscenas de uma alma sebosa. Pude relaxar e voltar a viver acabou de chegar o número da encomenda. As revistas são a coisa mais preciosas do mundo, tipo a felicidade. o amor, a paz, a fraternidade e a família.
16 de julho
The original surviving members of The Quarrymen band gathered in Studio Three last week to film footage for their upcoming documentary film, ‘PRE FAB!’. The documentary, directed by Todd Thompson, will tell the story of Liverpool-born drummer, Colin Hanton, who was an original member of John Lennon skiffle group that eventually evolved into The Beatles.