2002: DOIS MIL E DOIS
- Details
- Hits: 2392
"Em 2002, começamos a ensaiar sem compromisso o que viria a ser “.ComPacto”." (Marcello Schevano)
DOIS MIL E DOIS
compilado por Mário Pazcheco
7 janeiro
Ao completar 60 anos na segunda-feira 7, Stephen Hawking, um dos mais conceituados cientistas do mundo, relembrou uma frase que disse aos médicos que lhe deram pouco tempo de vida quando ele estava com 22 anos. Naquela época, Hawking recebera o diagnóstico de uma doença degenerativa, que de fato já lhe roubou quase todos os movimentos do corpo. Respondeu então aos médicos: "Melhor assim. Ao menos não perderei tempo jogando golfe".
Elke Maravilha com Itamar Assumpção no show realizado no SESI/Fiesp, em 2002.
Foto: Carolina Andrade
Música
16 jan.
Viúva de George Harrison processa ex-cunhado
da France Presse, em Los Angeles
A viúva de George Harrison entrou com processo contra o ex-cunhado alegando que ele tentou vender objetos do ex-Beatle um dia depois de sua morte, informaram ontem fontes judiciais.
Olivia Harrison apresentou queixa à Corte Superior de Los Angeles na última sexta-feira, afirmando que o ex-marido de sua irmã, Carl Roles, tentou vender objetos da casa do casal em Los Angeles, segundo os documentos judiciais.
Roles, que junto con sua ex-esposa Linda Arias cuidou da casa dos Harrison em Los Angeles até o local ser destruído por um deslizamento de terra em 1980, teria supostamente buscado compradores para os objetos um dia depois de Harrison morrer.
Olivia Harrison afirma que Roles levou os objetos da casa sem autorização, e que, junto com a atual esposa, Carol, tentou vendê-los ilegalmente.
Um amigo de Harrison, consultor para questões de segurança, que esteve com o músico em seus últimos días, decidiu investigar Roles depois que ele se pusesse supostamente em contato com um jornalista para lhe informar que poderia vender objetos pertencentes ao ex-Beatle.
Segundo o processo, durante um encontro com um detetive que se fez passar por um colecionador, Roles teria mostrado dez caixas cheias de discos, roupas e fotos de Harrison. Olivia quer que os objetos sejam devolvidos, e vai pedir indenização indeterminada por perdas e danos.
Esse processo se soma aos rumores e escândalos que cercaram a morte de Harrison em novembro aos 58 anos, em Los Angeles. A morte do ex-Beatle foi rodeada de grande segredo. Até hoje, não está claro onde ele faleceu, uma vez que se descobriu que o endereço que consta em sua certidão de óbito não existe.
Fevereiro
Cinco perguntas para Carlo Little
12 fev.
Atestado de óbito do ex-beatle George Harrison foi retificado
5 abril
BOB DYLAN PERFORMING A GREAT “MAN OF CONSTANT SORROW” IN STOCKHOLM
"I am a man of constant sorrow,
I’ve seen trouble all my day
I bid farewell to old Kentucky,
The place where I was born and raised
30 abr.
Leilão do manuscrito de 'Hey Jude' brecado na Justiça
11 maio
Goiânia. Sérgio Dias no Bananada
14 mai.
Little Richard, Chuck Berry e Bo Diddley são homenageados em L. A.
LOS ANGELES (Reuters) - Em uma rara reunião pública dos três maiores nomes do rock'n'roll, Chuck Berry (1926-2017), Little Richard e Bo Diddley (1928-2008) foram homenageados na terça-feira (14) por "sua influência única e indelével em gerações de criadores de música".
Os pioneiros do rock receberam o primeiro Prêmio BMI Icon no jantar de gala anual do grupo Broadcast Music, em um hotel de Beverly Hills.
Em vez de se dirigir à plateia com palavras, a música fez as honras. George Thorogood, Jonny Lang, Mavis Staples e Ivan Neville tocaram versões de clássicos como "I'm a Man", de Diddley, "Rip It Up", de Richard, e "Living in the USA", de Berry.
Os artistas então subiram ao palco para receber as taças de prata.
Berry, 75, que além de músico é escritor e poeta, deu uma entrevista praticamente monossilábica. Ao ser indagado como se sentia, disse "maravilhoso", e respondeu apenas com um "extremamente" quando um jornalista perguntou se estava empolgado com o prêmio.
Acabou revelando, porém, que está trabalhando em um próximo disco. Seu álbum mais recente foi lançado em 1975.
Diddley, 73, descreveu o trio como irmãos. "Não nos abraçamos e beijamos, mas eles são meus companheiros", disse o músico, que acrescentou que também vai lançar um novo álbum. (Por Dean Goodman)
4 jul.
Homem que esfaqueou o ex-beatle George Harrison em 99 é libertado
da Reuters, em Londres
Michael Abram, o esquizofrênico que há três anos invadiu a casa de George Harrison e o atacou com uma faca, foi absolvido na quinta-feira por um tribunal de saúde mental e libertado do hospital psiquiátrico onde estava detido.
Após ter invadido a casa de Harrison em 1999, esfaqueando repetidamente o ex-Beatle e a mulher dele, Olívia, Abram foi declarado inocente por insanidade mental e confinado na Clínica Scott.
Neste caso, o tribunal concedeu uma absolvição condicional. As condições são confidenciais, mas vão garantir a segurança da população'', informou a instituição em comunicado.
Harrison sobreviveu ao ataque, mas morreu em novembro passado em decorrência de um câncer.
O advogado de Abram, Peter Edwards, disse que seu cliente respondeu satisfatoriamente ao tratamento da esquizofrenia e há dois anos não tem demonstrado os sintomas da doença.
"Esta é a maior tragédia no caso de Michael Abram", disse Edwards. "Ele passou muito tempo procurando hospitais e médicos para tratar de sua disfunção mental e foi recusado."
"Se eles (médicos) tivessem desempenhado as funções corretamente, o casal Harrison nunca seria atacado", afirmou o advogado.
Uma porta-voz da clínica disse que levará alguns dias até que Abram seja liberado e que ele continuará vivendo em um "ambiente de cuidados".
17 set.
Intimidade de Lennon no tribunal
24 set.
28 set.
10 outubro
Em mesa-redonda presidida pelo embaixador, escritor e presidente da Academia Brasileira de Letras, Alberto da Costa e Silva, o acadêmico baiano Eduardo Portella festejou ontem à tarde, no Salão Nobre do Petit Trianon, sede da ABL, os seus 70 anos, completados na terça-feira passada. Ministro da Cultura de 1979 até 1980, no governo de João Figueiredo, o filólogo Eduardo Portella participou ativamente da educação e da cultura nas últimas décadas no país e hoje é o presidente da Biblioteca Nacional.
Do encontro, onde se lembrou a trajetória de Portella, participaram o tradutor e poeta Ivan Junqueira, o advogado e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Oscar Dias Corrêa, a poeta Nélida Piñon, o professor e ex-presidente da ABL Tarcísio Padilha e o embaixador Sérgio Paulo Rouanet. Grande amigo do falecido escritor Jorge Amado, Portella foi um dos maiores articuladores da entrada da escritora Zélia Gattai, viúva do escritor baiano, na Academia.
31 de outubro a 13 de novembro
Relançamentos dos Stones revivem crueza sonora
Embalados pela moda dos “The Best Of”, a mais conhecida banda de rock lança a sua primeira coletânea completa e relança também os discos da sua fase excêntrica, dos anos 60
por Marcelo Xavier
té o mais alienado alienígena do planeta Terra deveria tirar o chapéu para eles. Imaginem um estilo como o rock, e pensar a respeito de modismos passageiros oriundos do século passado. Por exemplo: um tipo tão popular como o swing e seus mestres, como Glenn Miller ou Benny Goodman foram soterrados pelos novos tempos. A maioria dos rockers dos 50 ou se vendiam ao establishment ou se transformavam em dinossauros anacrônicos. A maioria deles morreu assim, como Bill Halley, ou Gene Vincent, lembrados apenas por aficionados de rockabilly. Porém, o mesmo não se poderia dizer a respeito desses senhores — idosos porém nada comportados. Uma banda que vai fazer quatro décadas, que sobreviveu à onda punk, aos 80’s, aos Beatles, aos Bee Gees, aos Bay City Rollers, às drogas, aos fisco inglês e aos críticos, que os acusavam de serem um bando de burgueses decadentes ripongas e velhacos vendidos para a mídia. E depois disso, ainda sejam capaz de lotar ginásios, de ganhar rios de dinheiro e de rir de todas as estéticas que se julgam como vanguardas, eles ainda se auto proclamam como pedras rolantes, eles são os Rolling Stones.
Para comemorar quarenta anos de tanta teimosia, a gravadora deles anunciou o lançamento da coletânea Fourty Licks, dos Stones: apesar das inúmeras compilações da banda, esta é referida como a definitiva. O motivo: nunca antes havia sido promovido uma retrospectiva da carreira do grupo desde o seu obscuro começo, nos anos 60. A verdade é que havia uma distância “contratual” entre a produção dos Stones da primeiras fase, pela ABKCO e a segunda, com o contrato com a antiga CBS. O material relativo à primeira gravadora pertencia ao antigo empresário da banda, Allen Klein. O espólio restante pertencia aos próprios autores, que possuem uma editora própria, a “Rolling Stones Records”, que era subsidiária da Columbia. Junto com “Fourty Licks”, as gravadoras lançam um tesouro escondido: os vinte e dois primeiros discos da banda — dos tempos do primeiro líder, Brian Jones, desta vez com alta qualidade digital.
O reencontro do material completo começou a se desenhar em 1993, quando a banda se mudou para a Virgin/EMI. Este ano, Mick Jagger e Keith Richards ganharam a batalha judicial para obter controle sobre os seus primeiros discos; agora, mandam finalmente sobre todas as gravações lançadas desde 1964 até hoje, possibilitando o lançamento da retrospectiva sonora. Aproveitando (muito bem) a ocasião, a ABKCO (que detém o material anterior da banda) lança também a— finalmente — s versões remasterizadas de 22 álbuns dos Rolling Stones, parte dos quais se encontram fora de catálogo — inclusive no Brasil — como a edição britânica de “Between the Buttons” (1967) e “Out of Our Heads” (1965).
As gravações chegaram a ser vertidas para o formato digital, mas os álbuns que existem em CD soam horríveis. Não surpreende, porque todas as gravações foram digitalizados em 1986, quando a tecnologia e a possibilidade de recuperar registros analógicos ainda estavam na sua fase primordial. Em 1993, a PolyGram lançou a coleção da ABKCO, aproveitando a turnê dos Rolling Stones no Brasil, com o sugestivo nome de “Satisfaction Years”. Quem não teve satisfação foi o ouvinte, que sentia o cheiro de “marquetagem” no embuste. A gravadora pensava que transferir os tapes para CD com o propósito de possibilitar uma audição sem ruído era suficiente. E para piorar, as capas vinham com um selo colado no meio das fotos, que eram impossíveis de tirar.
O problema é que os fãs que compravam os discos, percebeu que não havia mágica alguma — o som é igual aos velhos vinis, ou até de qualidade inferior. A satisfação chegou, finalmente, com o recente lançamento pela ABKCO Records de 22 álbuns remasterizados, frutos de um projeto de restauração que levou 10 anos e não poupou despesas. E, como não poderia deixar de ser, não são CDs quaisquer. são Super Áudio CDs (SACDs), que visam atingir a um público mais exigente. Este formato pode ser tocado tanto em aparelhos próprios quanto em toca-CDs normais. A mágica foi trabalhar as canções faixa a faixa, da mesma forma que o produtor dos discos do Jimi Hendrix, Eddie Kraemer, fez para recuperar os “master tapes” do guitarrista norte-americano.
A ABKCO resolveu também dar uma trégua aos fãs da banda. A série inclui as versões americana e britânica da maioria dos álbuns da banda, que muitas vezes tinham arte e faixas diferentes. Assim, os interessados poderão ouvir as duas versões de “Out of Our Heads”, de 1965, “Aftermath”, de 1966 e “Between the Buttons”, de 1967 (as versões americanas incluíam canções a mais, lançadas originalmente em singles, para vender mais). Os fãs vão poder, pela primeira vez, ouvir o álbum “Beggars Banquet”, de 1968, com a capa e os créditos originais, velocidade correta, mais rápida e a coletânea “Metamorphosis”, de 1975, esgotada há décadas e nunca antes lançada em CD.
Os Stones em 1966
A princípio, a série não inclui os dois primeiros álbuns britânicos dos Stones, “The Rolling Stones”, de 1964, e “The Rolling Stones No. 2”, de 1965. O primeiro chegou a ser lançado no Brasil em CD, mas está fora de catálogo. O segundo foi preterido em favor da edição norte-americana “12X5”, fazendo com que várias canções ficassem de fora. O vice-presidente sênior da ABKCO, Jody Klein, disse que faz parte dos planos da gravadora incluir esses dois álbuns na coleção. Críticos têm elogiado a clareza do som, especialmente aos vocais de Mick Jagger. Um detalhe que muitos não sabem é que, as primeira gravações da banda eram gravados com mixagem direta na mesa, quase sempre em “mono” e com um som granulado, como eram as antigas gravações de blues, com os vocais misturados em meio ao conjunto dos instrumentos.
Klein contou que os técnicos que fizeram a remasterização se deram a um trabalho enorme para manter a integridade e o som “cru” dos singles e álbuns originais. Claro, sem dar a impressão que nada mudou. Afinal, entre os fãs dos Stones, existem os “xiitas”, que detestam qualquer alteração na qualidade das faixas, como aconteceu com as remasterizações dos Beatles. “Foi um projeto de restauração para recuperar o som e a sensação originais”, disse ele. “Nosso objetivo não era criar um som novo, um jeito novo como achamos que a voz de Mick deve soar ou aparecer”. Segundo ele, se a voz de Jagger soa mais vívida agora, é porque isso estava nas fitas, a despeito da maneira como o som foi transferido e por causa desta tecnologia fantástica. “Não é porque alguém tenha criado algum novo conceito sobre como apresentar a banda.”
Literatura
Poemas de permeio com o mar - Mário Peixoto. Aeroplano.
• Ian Peel lança o livro The Unknown Paul McCartney (2002).
7 setembro
Grateful Deada: a bíblia dos deadheads
Teatro
José Celso Martinez Corrêa encena o espetáculo Os Sertões.
Cinema
Agosto
O Cine Odeon comemora os 30 anos do Cineclube Glauber Rocha.
O cineclube tijucano - ao lado do Macunaíma, que funcionava na ABI - era um espaço de louvor ao cinema de arte e de resistência à ditadura.
27 maio
Mário Peixoto: O gênio de um filme só
Onde a terra acaba, o título de um dos filmes inacabados de Mário, também é o nome de um premiado documentário realizado por Sérgio Machado em 2002.
18 dezembro
DVD amplia Deus e o Diabo em 185 minutos
Sandro Macedo - free-lance para a Folha
O mercado nacional de DVD ganha hoje seu maior presente neste final de ano. Deus e o Diabo na Terra do Sol ganha edição de luxo no formato. A Versátil Home Vídeo, em parceria com a Riofilme, inicia a Coleção Glauber Rocha, com o lançamento do filme produzido originalmente em 1963, numa versão restaurada digitalmente -a primeira da América Latina- feita pelos Estúdios Mega.
A Versátil vem se especializando ao longo do ano em disponibilizar coleções de mestres do cinema, como Luchino Visconti e Federico Fellini. Com Glauber, ela pretende seguir a ordem estipulada pelo próprio diretor baiano, que mandou uma carta, em dezembro de 1980, classificando seus filmes em dois grupos para exibição em possíveis semanas especiais ou retrospectivas.
A ordem dos lançamentos, batizada por Glauber como Roteiros do Terceiro Mundo, ficou definida assim: no grupo A, Deus e o Diabo na Terra do Sol, Terra em Transe, O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro, Cabeças Cortadas e A Idade da Terra. O grupo B é composto por Barravento, Câncer, O Leão de Sete Cabeças e Claro.
De acordo com a Versátil, Terra em Transe deve ser lançado em março de 2003 e, até o final do próximo ano, todo o grupo A deve estar disponível. O preço médio do primeiro lançamento deverá ser de R$ 50.
Se a quantidade de extras define a qualidade do DVD, Deus e o Diabo é um dos melhores lançamentos do novo formato. São 185 minutos de material extra. Entre os bônus, clipe com cenas restauradas, reprodução integral de textos de Glauber, como A Eztetika da Fome, depoimentos de atores, cineastas e até da mãe de Glauber, Lúcia Rocha, que traz pérolas como: "Ele dizia que não queria botar o nome do Diabo no filme por causa da Paloma (filha de Glauber), que era muito pequenininha. Então ele dizia "Deu Goiaba na Terra do Sol'".
O disco digital que contém o filme também apresenta duas faixas comentadas por Ivana Bentes e Ismail Xavier, especialistas na obra glauberiana. A galeria de fotos possui mais de 200 imagens, incluindo uma sequência exclusiva de Waldemar Lima, diretor de fotografia, que supervisionou pessoalmente a restauração.
Versátil e Riofilme apostam tanto no potencial da Coleção Glauber Rocha que bancaram o lançamento de Deus e o Diabo sem a ajuda de leis de incentivo. Mas o orçamento da Riofilme, de R$ 70 mil para todo o projeto, não daria nem para o começo da restauração digital, feita com equipamentos de tecnologia de ponta.
Maria Clara Fernandes, coordenadora do núcleo de cinema dos Estúdios Mega, afirma que o valor orçado para a recuperação de todos os fotogramas tornaria inviável a restauração. "Pegamos o projeto em meados de 2002 e trabalhamos 24 horas por dia durante dois meses e meio. Tudo para ver o filme restaurado. Existe um valor afetivo por trás do projeto", afirma. Ela já comemora a continuidade do projeto. "Vamos começar a trabalhar no Terra em Transe no começo do ano."
Paloma Rocha, filha de Glauber, também acompanhou o lançamento de "Deus e o Diabo" passo a passo. À frente do Tempo Glauber, que preserva a memória do cineasta, Paloma procura agora incentivos para restaurar e duplicar digitalmente um acervo de aproximadamente 50 mil documentos do pai. "Minha avó já arquivava tudo há muito tempo, mas sem nenhum tratamento especial. Vamos fazer um trabalho de higienização e duplicação para alimentar o site [http://www.tempo%20glauber.com.br/]", diz. Ela agora busca patrocinadores privados e incentivos federais para custear o projeto, calculado em R$ 200 mil por ano. "Conto com a boa vontade do novo presidente e do novo ministro da Cultura", afirma.
Constam do arquivo materiais como roteiros cinematográficos, peças, artigos, pensamentos e fotografias, entre outros.
Brasil
Jango - Em 2002, o ex-agente uruguaio Mario Ronald Barreiro Neira, disse que o ex-presidente teria sido assassinado dentro do Plano Condor na denominada "Operação Escorpião", decidida por Uruguai, Brasil e Estados Unidos.
Obituário
11 janeiro
Morre o psiquiatra russo Michel Sapir (1915-2002).
17 abril
O senhor Al Hendrix, o pai de Jimi, morre.
Since 2002, when Al died, the companies owned by the estate have been run by Jimi’s adopted sister, Janie.
Quando o mais velho Hendrix deixou a maior parte dos bens para a sua filha adotiva, Janie Hendrix, e apenas um disco de ouro para Leon (irmão de Jimi Hendrix), que entrou com o processo — que gerou uma disputa com alegações de abuso de drogas, ganância e adultério — contra Janie por uma parcela dos 80 milhões de dólares em bens, valor estimado do patrimônio do guitarrista.
5 junho
Dee Dee Ramone nasceu Douglas Glenn Colvin em Fort Lee, Vancouver, Canadá, no dia 18 de Setembro de 1952. Baixista, Dee Dee era um dos membros fundadores dos Ramones e um dos que mais compunha na banda, da qual saiu em 1989. Depois de deixar os Ramones, passou a exercer várias atividades além da música, como pintura, literatura e filmes. Escreveu dois livros - a novela "Chelsea Horror Hotel" e a auto-biografia "Lobotomy: Surviving the Ramones". Seu último CD foi "Greatest and Latest". Em Maio de 2002, anunciou que iria lançar um novo trabalho pela Heat Slick Records, gravações ao vivo de um show que seria gravado no dia 14 de Junho no Key Club em Hollywood, Califórnia. Infelizmente ele morreu no dia 5 de Junho.
Nesse dia, Dee Dee foi encontrado morto pela sua mulher Bárbara Zampini, caído sobre um sofá, na casa do casal em Hollywood. A autópsia confirmou o que todos já imaginavam - overdose de heroína - já que, junto ao corpo, havia uma seringa hipodérmica, além de outros apetrechos ligados ao uso de drogas injetáveis. Dee Dee Ramone tinha apenas 50 anos de idade.
27 junho
Morre John Entwistle, baixista do The Who
28 jun.
Baixista do The Who deixa livro inacabado sobre a banda
da Reuters, nos Estados Unidos - Folha de São Paulo
O baixista do The Who, John Entwistle, passou 12 anos escrevendo um romance inspirado em sua experiência na banda, mas nunca chegou a concluir o livro. Entwistle escreveu oito capítulos antes de morrer, ontem, aos 57 anos, na véspera do primeiro show de uma turnê da banda.
Em uma das últimas entrevistas que concedeu, o músico descreveu o livro como um relato fictício do The Who, baseado em personagens e incidentes reais dos quase 40 anos de história da banda.
"Tem diálogos que realmente tivemos. Basicamente, contém as coisas engraçadas que nos aconteceram, a história real", disse o baixista na sexta-feira passada, antes de deixar a Grã-Bretanha e viajar para os Estados Unidos.
Durante a entrevista, ele ainda brincou ao falar da lentidão com que estava escrevendo o livro. "No ritmo em que o livro está, vão ter que gravar o final na lápide do meu túmulo", disse.
Enquanto se preparava para fazer as malas para o que seria uma turnê americana em 24 escalas com o The Who, Entwhistle falou de sua carreira crescente como artista plástico, especializado em ilustrações para litografias.
Ele pretendia lançar em Las Vegas uma exposição itinerante de suas obras, uma coleção intitulada Deuses da Guitarra, com retratos de Jimi Hendrix, Jimmy Page, Eric Clapton e Pete Townshend.
Entwhistle revelou ainda que a banda estava começando a preparar músicas para um novo álbum que seria gravado em estúdio -o primeiro do The Who desde It's Hard, de 1982.
26 julho
Cocaína causou ataque cardíaco do baixista do The Who
da da Reuters, em São Paulo - Folha de S. Paulo
O baixista do The Who John Entwistle, morto no mês passado, sofreu um ataque do coração causado por uso de cocaína, de acordo com um médico legista de Las Vegas.
A notícia do site da revista "New Musical Express" informou que o médico Ron Flud chegou a conclusão que a morte do músico de 57 anos foi acidental, mas que isso não foi uma overdose.
Entwistle foi encontrado na sua cama do hotel Hard Rock no dia 27 de junho, época em que se preparava para entrar em turnê pelos Estados Unidos com a banda The Who.
"Acreditamos que o ataque do coração foi causado pela significante quantidade de cocaína que o sistema de Entwistle tinha na hora. No entanto, a quantidade específica continua desconhecida", disse Flud.
"Cocaína é uma substância diferente. Não é como álcool. Não há maneira de colocar um número nisso. Você pega uma droga letal a partir do momento que você tem um coração ruim; isto é uma combinação pésssima."
A cocaína causou uma contração da artéria coronária do baixista que já estava prejudicada por outras doenças, explicou o médico. Acredita-se que Entwistle, um dos fundadores do The Who, estava tomando medicações para o coração.
23 novembro
Morre o pinto chileno Roberto Matta.
22 dezembro
Joe Strummer - Filho de diplomata, Joe Strummer nasceu Mellor Strummer em Ancara, Turquia. Estudou em escola pública e sempre foi uma referência para os amigos, pela sua postura firme e resoluta em todos os temas. Foi um dos membros fundadores do The Clash, que dispensa qualquer tipo de comentário, inspiração para incontáveis bandas ao redor do planeta. Sempre esteve envolvido (e também o Clash) em causas em defesa da liberdade, contra qualquer injustiça em qualquer lugar do mundo. Depois do Clash, seu último grupo foi "Joe Strummer and the Mescaleros.
Um mês antes da sua morte, Joe havia feito uma turnê com a nova banda. Morreu em casa de complicação cardíaca no dia 22 de Dezembro de 2002, o que tornou muito triste o Natal dos fãs no mundo inteiro. Tinha apenas 50 anos de idade.